O São Paulo é o maior favorito da rodada, com potencial de vitória de 57% contra o Goiás, no Morumbi, onde só perdeu um dos últimos 18 jogos disputado. Mas em dez jogos de 2006 para cá com mando paulista pela Série A, o São Paulo venceu seis e perdeu quatro. É um adversário que dá trabalho. Em um confronto de estilos ofensivos, o Fluminense, de Fernando Diniz, é favorito contra o Bragantino de Maurício Barbieri: em campo estarão o sexto mandante que mais finaliza e o segundo visitante que conclui. Já no duelo entre Coritiba e Cuiabá, que fecham a última rodada do primeiro turno, o time do Coxa, jogando em casa leva o favoritismo.

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 88.084 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.599 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> São Paulo

 

  • Ainda que favorito, o São Paulo vai precisar de atenção porque em dez confrontos com mando tricolor pela Série A de 2006 para cá, o São Paulo venceu seis, mas o Goiás ganhou quatro, mesmo como visitante. Com exceção da defesa do São Paulo, que levou oito dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, tanto ataques quanto a defesa do Goiás levaram metade dos últimos dez gols em jogadas aéreas e metade em trocas de passes. O São Paulo é o oitavo mandante (4 V, 3 E, 1 D, 63%), e o Goiás, o 12º visitante (2 V, 2 E, 5 D, 30%). O Goiás é o time mais punido com cartões amarelos (56), e o São Paulo, o segundo mais punido (55). O Goiás já teve quatro pênaltis marcados contra (quarta pior marca), e o São Paulo, cinco a favor (terceira maior marca). O São Paulo é o 11º mandante em finalizações (14,6), com a quinta maior eficiência, um gol a cada 8,4 tentativas. O Goiás é o terceiro visitante que mais sofre finalizações (17,8), um problema contra um ataque tão eficaz, mas está com a sétima resistência forasteira, um gol sofrido a cada 14,5 conclusões contrárias. No ataque, o Goiás é décimo visitante em finalizações (11,0), mas com a terceira menor eficiência, um gol a cada 16,5 tentativas, outro problema contra um mandante como o São Paulo, o segundo que menos permite finalizações a visitante (9,4), mas com a 14ª resistência, um gol sofrido a cada 9,4 conclusões contrárias.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Athletico-PR

Historicamente, mesmo sendo visitante, o Athletico-PR dá trabalho para o Botafogo: em 13 jogos com este mando pela Série A de 2006 para cá, o Botafogo venceu seis e perdeu cinco. Neste ano, o Athletico-PR vem sendo mais eficiente: defensivamente, a equipe paranaense embora seja a quarta visitante que mais sofre finalizações (16,6), tem a quarta maior resistência a elas, um gol sofrido a cada 14,9 conclusões contrárias. O Botafogo é o sexto mandante que menos finaliza (13,6), o que por si só já é um dificultador contra uma defesa tão resistente, mas o ataque carioca ainda tem a terceira pior eficiência, com um gol marcado a cada 15,6 tentativas. O Athletico-PR está com o sétimo ataque visitante em finalizações (11,8) e a décima eficiência, um gol a cada 11,8 tentativas. E embora o Botafogo seja o sexto mandante que menos permita finalizações aos visitantes (10,0), tem a segunda menor resistência caseira, com um gol sofrido a cada 8,0 conclusões contrárias.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Flamengo

 

De 2006 para cá, com este mando pela Série A, o Avaí venceu três, e Flamengo, um em seis jogos. E essa vitória do Flamengo foi conquistada em 2019, quando o Avaí mandou o jogo no Mané Garrincha, não na Ressacada. Dos últimos dez jogos que o Flamengo fez como visitante, venceu três, empatou dois e perdeu cinco, 37%. O Flamengo é o 12º visitante no Brasileirão (2 V, 2 E, 5 D, 30%). O Avaí é o quinto melhor mandante (5 V, 2 E, 2 D, 63%). Seu diferencial competitivo está na precisão do ataque, o quarto mandante que menos finaliza, mas o mais eficaz, com um gol a cada 7,5 tentativas. O Flamengo é o quinto visitante que menos permite finalizações (12,2), mas o quinto menos resistente a elas, um gol sofrido a cada 9,2. O Avaí tem a defesa caseira menos resistente a finalizações, com um gol sofrido a cada 7,4 conclusões contrárias, e a quinta que menos permite finalizações a visitantes (9,9). O Flamengo é o décimo visitante em finalizações (11,0), com a 12ª eficiência, um gol a cada 12,4 tentativas. Como mostram as linhas dos gráficos de xG, o Flamengo vem apresentando um nível de ameaça para seus adversários próximo de três gols por jogo, e os adversários têm produzido um nível de ameaça superior a dois gols quando enfrentam o Avaí.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fluminense

 

  • A partida tem potencial para gol aéreo porque o Bragantino sofreu sete dos últimos dez gols dessa forma, e o Fluminense levou assim seis dos últimos dez, sem contar pênaltis e faltas diretas. O Bragantino fez metade dos últimos dez gols usando a bola alta, e metade trocando passes rasteiros. O jogo do Fluminense é mais rasteiro, com sete dos últimos dez gols marcados assim. Em campo, dois ataques eficientes: o do Fluminense é o sexto mandante que mais finaliza (15,4), com a sétima eficiência, um gol a cada 8,7 tentativas; o Bragantino é o segundo visitante que mais conclui (14,9), com a sexta eficiência, um gol a cada 10,8 arremates. Como mostra a linha preta do gráfico de xG, o Bragantino tem produzido para marcar três gols por partida. O Fluminense é o sétimo mandante que menos sofre finalizações (10,2), mas com a sexta menor resistência, um gol sofrido a cada 9,2 conclusões contrárias. O Bragantino é o décimo visitante em finalizações sofridas (14,1), com a 12ª resistência, um gol a cada 10,3 conclusões contrárias. O Fluminense é o décimo mandante (5 V, 1 E, 3 D, 59%), e o Bragantino, o oitavo visitante (2 V, 4 E, 2 D, 42%).

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Palmeiras

O mandante e o visitante que mais finalizam no Brasileirão: o Palmeiras tem em casa média de 18,9 conclusões, com a décima eficiência, um gol a cada 10,0 tentativas. O Internacional fora de casa faz 11,0 finalizações por jogo, com a sétima eficiência forasteira, um gol a cada 11,0 finalizações. Terão pela frente duas defesas resistentes: em nove jogos como mandante, o Palmeiras não sofreu gol em cinco (56%), terceira melhor marca mandante. É o 11º mandante em finalizações sofridas (10,9), mas tem a quinta maior resistência, um gol sofrido a cada 16,3 conclusões contrárias. O Internacional não sofreu gol em três dos nove jogos como visitante (33%), sexta maior marca. É o visitante que menos sofre finalizações (11,6), com a sexta maior resistência forasteira, um gol sofrido a cada 14,9 conclusões contrárias. Tem tudo para ser um jogaço, com potencial para gol a partir de bolas aéreas: sem contar pênaltis e faltas diretas, o Palmeiras sofreu assim sete dos últimos dez gols, e o Inter levou seis. As duas equipes fizeram metade dos últimos dez gols pelo alto e metade em trocas de passes. São duas equipes com muitos pênaltis a favor: cinco para o Internacional (terceira maior marca), e quatro para o Palmeiras (quinta). É de se esperar que o Internacional tente explorar os contra-ataques: é a quarta equipe que mais finalizou assim (36), e a quarta que mais fez gols (quatro). Ainda é o time que mais carregou adversários com cartões por matarem contragolpes (21). O Palmeiras é o segundo time que mais sofreu finalizações em contra-ataques (38), e o 11º em gols sofridos assim (três). Os três gols foram sofridos quando mandante (segunda pior marca caseira), mas o Inter fez um quando visitante (oitava marca). O Palmeiras é o quinto melhor mandante do Brasileirão (5 V, 2 E, 2 D, 63%). O Internacional é o terceiro melhor visitante (3 V, 5 E, 1 D, 52%).

 

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Ceará

Juventude é o pior mandante do Brasileirão (1 V, 3 E, 5 D, 22%), e o Ceará, o quinto melhor visitante (3 V, 4 E, 2 D, 48%). A partida tem potencial para gol a partir de jogada aérea: o Juventude marcou oito dos últimos dez gols dessa fora, e o Ceará levou assim seis dos últimos dez gols. O time do Juventude sofreu sete dos últimos dez gols também após a bola viajar pelo alto, mas o Ceará só fez dois dos últimos dez pelo alto, sempre sem contar pênaltis e faltas diretas. Último colocado na classificação, o Juventude precisa buscar o ataque e precisará de muito cuidado para não ser surpreendido porque o Ceará é o time que mais fez gols em contra-ataques no Brasileirão (seis), e a terceira que mais finalizou assim (37). O Juventude já sofreu seis gols em contragolpes (pior marca). O Juventude sofreu três gols assim em casa, pior marca, e o Ceará fez quatro quando visitante, melhor marca. O Juventude é o 13º mandante em finalizações (14,2), com o segundo pior aproveitamento, um gol a cada 25,6 tentativas. O Ceará é o segundo visitante mais resistente, com um gol sofrido a cada 16,0 conclusões contrárias e média de 14,2 por jogo 11ª marca). No ataque, o Ceará é o quinto visitante que mais finaliza (13,3), com a 13ª eficiência, um gol a cada 13,3 tentativas. O Juventude é o 14º mandante em finalizações sofridas (11,6), com a segunda menor resistência a elas, um gol sofrido a cada 8,0 conclusões contrárias.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-MG

 

Duas defesas com baixa resistência nestas características de mando: embora o Atlético-MG seja o mandante que menos permite finalizações a visitantes (8,0), tem a quarta menor resistência a elas, com um gol sofrido a cada 9,0 conclusões contrárias. O Corinthians é o nono visitante em finalizações sofridas (13,7), com a quarta menor resistência forasteira, um gol sofrido a cada 8,2 conclusões contrárias. No ataque, o Atlético-MG descansou Hulk no meio de semana para este confronto, que domina amplamente quando mandante pela Série A de 2006 para cá, com oito vitórias e quatro derrotas em 14 jogos. Segundo mandante que mais finaliza (17,2), o Atlético-MG faz um gol a cada 11,9 tentativas, 13ª eficiência. Já o Corinthians é o visitante que menos finaliza (8,4), mas o mais eficaz, com um gol a cada 8,4 tentativas, ou um gol por jogo em média. A partida tem potencial para gol aéreo, principalmente do Atlético-MG, que fez a partir de bolas altas sete dos últimos dez gols (10 de 13). Para o ataque do Corinthians e para a defesa de ambas as equipes, a influência aérea está em cinco gols aéreos entre últimos dez, sem contar pênaltis e faltas diretas.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Atlético-GO

 

Como mostra a linha vermelha do gráfico de xG, a defesa do América-MG está muito exposta, com os adversários impondo um nível de ameaça de quase três gols por partida. É outro jogo com potencial para gol aéreo: fora a defesa do Atlético-GO, que sofreu metade dos últimos dez gols pelo alto e metade em trocas de passes rasteiros, tanto a defesa do América-MG quando os ataques de ambas as equipes têm influência de seis gols aéreos entre os últimos dez, sem contar pênaltis e faltas diretas. Há potencial também para gol do Atlético-GO a partir de contra-ataque, já que a equipe é a segunda que mais finalizações fez assim (39) e a que mais fez gols dessa forma (seis, empatada com o Ceará). O América-MG é o time que mais sofreu gols em contragolpes (seis) e o segundo que mais sofreu finalizações assim (38). O Atlético-GO é o quarto pior mandante (3 V, 2 E, 4 D, 41%), e o América-MG, o segundo pior visitante (1 V, 1 E, 7 D, 15%). O Atlético-GO é o quarto ataque mandante que mais finaliza (16,0), mas o sexto de menor eficiência, um gol marcado a cada 14,4 tentativas. O América-MG é sexto visitante que mais sofre finalizações (16,0), e o oitavo em resistência, um gol sofrido a cada 11,1. No ataque, o América-MG é o nono visitante em finalizações (11,4), mas com a pior eficiência, um gol a cada 34,3 tentativas. O Atlético-GO é o terceiro mandante que menos sofre finalizações (9,7), com a 13ª resistência caseira, um gol sofrido a cada 10,9 conclusões contrárias.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fortaleza

 

Em quatro confrontos pela Série A nos pontos corridos, o Fortaleza venceu doiss, empatou dois e ainda não perdeu quando mandante contra o Santos, que estará estreando o técnico Lisca. O Santos pode até surpreender porque é o terceiro visitante mais resistente a finalizações, com um gol sofrido a cada 15,1 conclusões contrárias, e média de 13,3 finalizações sofridas por jogo, oitava marca forasteira. E embora o Fortaleza seja o quarto mandante que mais finaliza (16,0), vem com a pior eficiência caseira, um gol a cada 36,0 tentativas. Essa combinação pode ser favorável ao Santos, que não vence fora de casa há quatro jogos e só venceu duas das últimas 17 partidas fora de casa. O Fortaleza só venceu dois dos últimos 11 jogos em casa. O Santos é o 14º visitante do Brasileirão (1 V, 4 E, 3 D, 29%). O Fortaleza é o terceiro pior mandante da competição (1 V, 5 E, 3 D, 30%). O jogo tem potencial de gol aéreo porque o Fortaleza sofreu assim sete dos últimos dez gols. Os dois ataques fizeram metade dos últimos dez gols usando bolas altas e metade em trocas de passes rasteiros. O Santos sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Coritiba

Pior visitante do Brasileirão (0 V, 2 E, 7 D, 7%), o Coritiba depende de seu desempenho em casa para se manter na Série A. Está fora da zona do rebaixamento por um ponto. É o quinto melhor mandante da competição (5 V, 2 E, 2 D, 63%). Deve colocar em campo toda a energia disponível, mas só venceu um dos últimos cinco jogos como mandante (2 E, 2 D, 33%). O Cuiabá está fora da zona do rebaixamento por dois pontos. É o décimo visitante (3 V, 0 E, 6 D, 33%). Nos últimos seis jogos fora de casa, venceu um e perdeu cinco (17%). É de se esperar que o Coritiba encontre dificuldades porque fez oito dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, mas o Cuiabá só levou três dos últimos dez dessa forma, sem contar pênaltis e faltas diretas. O Cuiabá fez sete dos últimos dez gols em jogadas de passes rasteiros, e o Coritiba sofreu metade por baixo e metade pelo alto. O Coritiba é o sexto mandante que mais finaliza (15,4), com a 12ª eficiência, um gol a cada 10,7 tentativas. O Cuiabá é o 13º visitante em finalizações sofridas (14,9), com a 11ª resistência, um gol sofrido a cada 10,3 conclusões contrárias. No ataque, o Cuiabá é o segundo visitante que menos finaliza (8,8), com a nona eficiência, um gol a cada 11,3 tentativas. O Coritiba é o quarto mandante que mais sofre finalizações (13,0), com a nona resistência, um gol sofrido a cada 13,0 conclusões contrárias.

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2022 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 88.084 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.599 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

Favoritismos apresentará também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti. (GE)