A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele Guimarães Ramos, está organizando uma carreta nesta terça-feira, 12 de julho, dia em que a morte da filha completa dois anos. Isabela morreu aos 14 anos, com um tiro no rosto disparado pela amiga.

A adolescente que atirou contra Isabele chegou a ser internada por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso qualificado. No entanto, ela se encontra em liberdade desde o dia 8 de junho, quando a 3ª Câmara Criminal do TJMT revogou a internação. Os desembargadores mudaram o entendimento sobre o caso, alterando de infração análoga ao homicídio doloso para culposo.

“Dia 12 completa dois anos que minha filha foi assassinada. Não tem um dia que eu acorde ou durma sem pensar nesse crime e na falta que ela faz. Nada que eu fizer ou disser irá trazê-la de volta, mas injustiça maior é a assassina solta e de volta ao convívio social, como se nada tivesse acontecido. Essa carreata é um apelo à justiça”, escreveu Patrícia, em post no Instagram.

A carreata está prevista para começar às 9h, saindo do Colégio Maxi, passando pelas principais avenidas de Cuiabá até o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no Centro Político Administrativo.

Entenda o caso

Isabele Guimarães foi morta com um tiro no rosto em 12 de julho de 2020, após um jantar na casa da amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá.

Em sua defesa, a adolescente afirmou que se tratava de um tiro acidental. Ela alega que estava carregando a arma em um caixa, quando se desequilibrou e a pistola caiu no chão, realizando o disparo.

A Polícia Civil apontou que a jovem é praticante de tiro esportivo e sabe manusear uma arma. A perícia constatou ainda que o instrumento não é capaz de gerar disparo acidental, pois possui mecanismos de segurança. Conforme o laudo, o tiro que matou Isabele foi disparado a uma distância entre 20 e 30 cm do rosto, a uma altura de 1,44m.

Diante disso, o Ministério Público Estadual (MPMT) concluiu que a jovem assumiu o risco de matar e pediu sua condenação por ato infracional análogo ao homicídio doloso e qualificado.