A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 23 de junho, a operação Segundo Caminho, com o intuito de apurar a participação de membros de uma organização criminosa que patrocinou candidatura de Flávio Braga da Silva (MDB) ao cargo de vereador nas eleições de Barra do Garças (510 km de Cuiabá) ocorrida no ano de 2020.
A Operação Segundo Caminho, que um é desdobramento da Operação Captura de Estado, deflagrada pela Polícia Federal de Barra do Garças, em 2020, que apurou a atuação de indivíduos que cometiam vários crimes de modo a financiar uma facção criminosa atuante a região do Vale do Araguaia em razão de suas atividades ilícitas, pratica delitos conexos previstos na Lei de Lavagem de Capitais, na Lei de Drogas e no Código Penal.
Nove mandados de busca e apreensão e a dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Comum Estadual de Cuiabá foram cumpridos nas cidades de Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande e Barra do Garças.
As condutas praticadas encontram tipificação no art. 1º, caput, da Lei 9.613/1998 (Lavagem de capitais), no art. 2º, caput, da Lei 12.850/2013 (Organizações Criminosas), bem como no art. 171, §2º-A, do Código Penal (Estelionato mediante Fraude Eletrônica). Quando somadas, as penas máximas de tais delitos superam 20 (vinte) anos de reclusão.
Devido à investigação envolver uma facção criminosa a Polícia Federal utilizou também três cães farejadores durante as buscas.
O nome da operação é referente a declaração de um dos alvos que afirmou que no mundo do crime existem três caminhos: a igreja, a prisão ou a morte.