Dos dez jogos da rodada, o Palmeiras é o único visitante com maior potencial de vitória do que o mandante. Em todos os outros nove jogos, o time da casa é o favorito. O Corinthians tem contra o Goiás a maior probabilidade estatística de conseguir a vitória (52,57%). Colado está o Fluminense, que tem 52,43% de chances de derrotar o Avaí. Na disputa entre favoritos ao título, o Atlético-MG tem maior potencial de vitória do que o Flamengo.

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 86.452 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.539 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

Graças a essa parceria, Favoritismos apresenta a evolução das expectativas de gol a favor e contra cada equipe, além da diferença entre elas, a linha amarela, que indica se foi maior a produtividade do próprio ataque (quando acima zero) ou do adversário (quando a linha amarela aparece abaixo do zero). Cada ponto do gráfico representa a média do que o clube fez nos cinco jogos anteriores. É por isso que no gráfico de xG os dados começam a ser exibidos na quinta rodada, que considera a média do que cada time fez no ataque nas rodadas 1 a 5 e o que seus adversários conseguiram construir nesses jogos. A linha preta mostra a evolução do ataque (sempre considerando a média dos últimos cinco jogos), e a linha vermelha, o que os adversários fizeram.

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Cuiabá

 

  • O Cuiabá é o quarto pior mandante do Brasileirão (1 V, 3 E, 2 D, 33%), com o quarto pior ataque (0,67), mas com a quinta melhor defesa (0,83) caseira. O Ceará é o segundo melhor visitante (3 V, 3 E, 1 D, 57%), com o segundo melhor ataque visitante (1,29) e a terceira melhor defesa (0,86). Para dificultar ainda mais a vida do Cuiabá, sem contar pênaltis e faltas diretas, a equipe sofreu sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Ceará marcou assim seis dos últimos dez gols. A partida tem potencial para gol do Ceará usando bola alta. O Cuiabá fez seis dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros, mas o Ceará vem sendo mais vulnerável pelo alto, com seis dos dez gols sofridos dessa forma. Mas como mostra a linha preta do gráfico de xG (acima), vem caindo a produtividade do Ceará, e o Cuiabá está com a quarta defesa mandante mais resistente a finalizações, um gol a cada 18,3 conclusões de visitantes, com média de 12,2 finalizações sofridas por partida. Ainda assim, o Cuiabá já levou quatro gols em contra-ataques, segunda pior marca defensiva, um só quando mandante, como nesta rodada, e o Ceará tem seis gols em contragolpes, maior marca da competição, quatro quando visitante. Não será surpresa se houver pênalti na partida: já foram marcados três contra o Cuiabá e quatro contra o Ceará. O Cuiabá teve dois marcados a favor; o Ceará, nenhum.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Santos

 

  • Bragantino já entra em campo com uma vantagem estratégica: sem contar pênaltis e faltas diretas, a equipe marcou sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas (e 25 dos últimos 32 gols marcados), e o Santos sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas que nasceram com bolas altas. Há potencial para gol do Bragantino dessa forma. O Santos fez seis dos últimos dez gols pelo alto, mas o Bragantino levou quatro dos últimos dez gols assim. O Santos é o sexto mandante do Brasileirão (3 V, 2 E, 1 D, 61%), com o quarto melhor ataque (1,67) e, principalmente, a segunda melhor defesa mandante (0,67). O Bragantino é o sétimo visitante (1 V, 3 E, 1 D, 40%), com o oitavo ataque (1,00) e e a sétima defesa (1,20) forasteiras. O Santos está com o quinto ataque caseiro que mais finaliza (15,3), com a décima eficiência, um gol a cada 10,2 tentativas. O Bragantino está com média de um gol sofrido por partida fora de casa, leva um gol a cada 13,6 conclusões sofridas. O que vem atrapalhando a equipe de Bragança é estar com a segunda pior eficiência ofensiva entre os visitantes, com um gol marcado a cada 16,0 chances e média de 12,8 conclusões por jogo, sexta média ofensiva forasteira. Até aqui, o Santos está com a segunda maior resistência defensiva, um gol sofrido a cada 24,0 finalizações contrárias.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Atlético-MG

 

  • De 2006 para cá, as equipes se enfrentaram 15 vezes pela Série A com este mando, com oito vitórias do Atlético-MG e duas do Flamengo. A equipe mineira coloca muita energia em campo nesse confronto. O Atlético-MG é o sexto mandante (3 V, 2 E, 1 D, 61%). O Flamengo é o 14º visitante (1 V, 2 E, 3 D, 28%). A equipe mineira é a quinta mandante que mais finalizou em contra-ataques, 12 vezes, e já marcou dois gols assim em casa, quinta maior marca. O Flamengo é o quinto visitante que mais levou finalizações em contragolpes (12) e sofreu três gols assim quando visitante, segunda pior marca defensiva forasteira. O Atlético-MG é o mandante que mais finaliza (19,3), mas está com a 14ª eficiência, um gol a cada 12,9 tentativas. O Flamengo é o quinto visitante que menos permite finalizações a mandantes (12,3), mas está com a terceira pior resistência, com um gol sofrido a cada 8,2 finalizações contrárias, um risco contra uma equipe que finaliza tanto. O Flamengo tem média de um gol por partida fora de casa, com um gol marcado a cada 11,3 tentativas, oitava eficiência visitante. O Atlético-MG é o terceiro mandante que menos permite finalizações a visitantes (8,0), mas também tem sofrido em média um gol por partida, com a quinta pior resistência a pressões, um gol sofrido a cada 8,0 conclusões contrárias. Sem contar pênaltis e faltas diretas, cada uma das equipes sofreu seis dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. O Flamengo marcou sete dos últimos dez dessa forma, e o Atlético-MG fez três por baixo e sete pelo alto.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Corinthians

Ataques eficientes versus defesas resistentes: o Goiás é o quinto visitante mais eficaz, com um gol marcado a cada 9,5 tentativas, mas com média de um gol por partida. Por outro lado, embora o Corinthians seja o quinto mandante que mais sofra finalizações (12,4), está com a defesa mais resistente a pressões em sua casa, levano um gol a cada 31,0 finalizações contrárias. Curiosamente, no ataque o Corinthians tem característica semelhante ao do rival desta rodada: é o mandante que menos finaliza (8,4), mas o mais eficaz, com um gol a cada 6,0 tentativas. O Goiás é o visitante que mais sofre finalizações (17,5), um risco gigantesco contra um mandante tão preciso, embora até aqui o Goiás seja o sétimo visitante mais resistente, com um gol sofrido a cada 11,7 conclusões contrárias. O Corinthians é o segundo melhor mandante do Brasileirão (3 V, 2 E, 0 D, 73%), e o Goiás, o oitavo visitante (2 V, 1 E, 3 D, 39%). O Corinthians fez seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, mas o Goiás só sofreu pelo alto três dos últimos dez. A equipe goiana fez a partir de passes rasteiros seis dos últimos dez gols, e o Corinthians levou metade pelo alto e metade por baixo, sempre sem contar pênaltis e faltas diretas.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Coritiba

 

  • Em nove jogos pela Série A de 2006 para cá com esse mando, o Athletico-PR ainda não venceu: o Coritiba conseguiu seis vitórias e houve três empates. O Coritiba tem o terceiro melhor desempenho mandante do Brasileirão (4 V, 1 E, 1 D, 72%), e o Athletico-PR, o oitavo visitante (2 V, 1 E, 3 D, 39%). A partida tem potencial para gol do Coritiba a partir de jogada aérea porque a equipe marcou assim sete dos últimos dez gols, e o Athletico-PR vem sofrendo para defender seu espaço aéreo, tendo sofrido a partir de bolas altas todos os últimos dez gols e 17 dos últimos 19. Por outro lado, o Athletico-PR fez nove dos últimos dez gols (e 21 dos últimos 26) em jogadas de passes rasteiros, e o Coritiba sofreu por baixo sete dos últimos dez gols e 18 dos últimos 26. O Coritiba tem média de 14,2 finalizações quando mandante, 11ª média, com a oitava eficiência, um gol a cada 9,4 tentativas. O Athletico-PR sofre fora de casa em média 13,7 finalizações (nona marca), com a 11ª resistência visitante, um gol sofrido a cada 10,3 conclusões contrárias. No ataque, o Athletico-PR faz em média 10,7 finalizações por partida (12ª marca), com a 12ª eficiência, um gol a cada 12,8 tentativas. O Coritiba é o 10 mandante em finalizações sofridas (11,2), com a oitava resistência, um gol sofrido a cada 13,4 conclusões contrárias.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma dos aproveitamentos é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Internacional

A maior diferença entre as equipes está na eficiência ofensiva: em casa, o Internacional vem fazendo em média 13,4 finalizações por partida (14ª marca), mas conseguido um gol a cada 8,4 tentativas, sétima eficiência. O Botafogo quando visitante tem a quinta maior média de finalizações (12,8), mas a terceira pior eficiência, um gol a cada 15,4 chandes. Defensivamente, a diferença é menor: o Internacional sofre em média 12,2 finalizações por partida (sexta maior marca mandante), com a nova resistência caseira, um gol sofrido a cada 12,2 ou um por jogo. O Botafogo sofre 13,7 finalizações, nona média visitante, com um gol sofrido a cada 10,3 conclusões contrárias, 11ª resistência visitante. Sem contar pênaltis e faltas diretas, as duas equipes marcaram seis dos últimos seis gols em jogadas rasteiras. O Botafogo sofreu metade dos últimos dez gols por baixo e metade pelo alto, enquanto o Internacional sofreu oito dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas. O Internacional é o décimo mandante (2 V, 3 E, 0 D, 60%), e o Botafogo, o quinto melhor visitante (2 V, 2 E, 2 D, 44%).

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fortaleza

 

Pelo que vêm fazendo no Brasileirão até aqui, trata-se de um jogo de baixíssimas eficiências ofensivas: o Fortaleza é o mandante que precisa de mais finalizações para conseguir um gol (39,0), apesar de ter a terceira maior média de finalizações por partida (16,7). O América-MG é o visitante que precisa de mais tentativas para conseguir um gol (22,0), com a 11ª média de conclusões (11,0). O Fortaleza é o sexto mandante que menos sofre finalizações (10,0) e tem a 12ª resistência mandante, com um gol sofrido a cada 11,7 conclusões contrárias. O América-MG é o 13º visitante em finalizações sofridas (14,5), com a décima resistência forasteira, leva um gol a cada 10,9 conclusões contrárias. Dos últimos dez gols marcados, o Fortaleza conseguiu oito a partir de jogadas rasteiras (e 22 dos últimos 28), mas o América-MG levou sete dos últimos dez a partir de jogadas aéreas. O América-MG fez seis dos últimos dez gols em passes rasteiros (e 11 dos últimos 16), e foi assim que o Fortaleza levou seis dos últimos dez gols. O Fortaleza é o pior mandante do Brasileirão (0 V, 4, E, 3 D, 19%), e o América-MG, o terceiro pior visitante (1 V, 1 E, 4 D, 22%).

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Atlético-GO

Um confronto interessante pelo cruzamento de eficiências: apesar de ser o quarto mandante que mais finaliza (15,5), o Atlético-GO tem a quinta pior eficiência ofensiva caseira, um gol marcado a cada 15,5 tentativas, um gol por jogo. O Juventude é o quinto visitante que mais sofre finalizações (16,0) e tem a sexta menor resistência forasteira, um gol sofrido a cada 8,9 conclusões contrárias. Curiosamente, o Juventude é o segundo visitante que menos finaliza (8,8), mas tem a terceira maior eficiência forasteira, um gol a cada 8,8 tentativas, um gol por jogo. O Atlético-GO é o nono mandante em finalizações sofridas (11,0) e tem a quinta maior resistência caseira a pressões, um gol sofrido a cada 16,5 conclusões contrárias. Há potencial para gol do Juventude a partir de jogada aérea porque a equipe fez sete dos últimos dez gols e 12 dos últimos 15 dessa forma, e o Atlético-GO não apenas levou pelo alto seis dos últimos dez gols como também 19 dos últimos 25. Dos últimos dez gols marcados, o Atlético-GO fez metade pelo alto e metade em trocas de passes, e o Juventude sofreu oito dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, sempre sem contar pênaltis e faltas diretas. O Atlético-GO é o 13º mandante (2 V, 2 E, 2 D, 44%), e o Juventude, o 11º visitante (1 V, 2 E, 2 D, 33%).

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fluminense

 

Duas equipes que vêm chegando ao gol trocando passes rasteiros: o Fluminense marcou assim seis dos últimos dez gols e 11 dos últimos 17, e o Avaí fez sete dos últimos dez dessa forma, além de 10 dos últimos 15. Há potencial para gol assim porque as duas equipes sofreram metade dos últimos dez gols em jogadas de passes rasteiros. Embora o Fluminense seja o sexto mandante que mais finaliza (14,8), tem a 11ª eficiência caseira, com um gol marcado a cada 11,1 tentativas. O Avaí é o segundo visitante que mais sofre finalizações (16,7), mas está com a nona resistência forasteira, coincidentemente um gol sofrido a cada 11,1 conclusões contrárias. Como mostra a linha vermelha do gráfico de expectativa de gol (xG), adversários do Avaí vêm criando chances para fazer praticamente dois gols por partida. Quando vai ao ataque, o Avaí é o segundo visitante que menos finaliza (8,7), com a 13ª eficiência, um gol a cada 13,0 tentativas. O Fluminense é o oitavo mandante em finalizações sofridas (10,3), mas tem a terceira menor resistência caseira, um gol sofrido a cada 6,9 finalizações contrárias. O Fluminense é o 14º mandante (2 V, 1 E, 3 D, 39%), e o Avaí, o terceiro pior visitante (1 V, 1 E, 4 D, 22%).

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Palmeiras

 

Simples assim: em campo estarão o melhor mandante (4 V, 1 E, 0 D, 87%), com o segundo melhor ataque (2,20) e a quarta melhor defesa (0,80) caseiros, e o melhor visitante do Brasileirão (3 V, 2 E, 0 D, 73%), com o melhor ataque (1,40) e a melhor defesa (0,20) forasteiros. Defensivamente, a maior diferença é que em casa o São Paulo não levou gol em dois de cinco jogos (40%), e fora o Palmeiras não sofreu gol em quatro de cinco partidas (80%) do Brasileirão. Potencial para ser um jogaço histórico (mas com defesas tão eficientes, pode acontecer nada de muito bom, também). Em 15 jogos com mando do São Paulo de 2006 para cá pela Série A, foram sete vitórias do São Paulo, sete empates e uma vitória do Palmeiras, em 2018. Desde então só houve empates, três. Embora o São Paulo tenha feito seis dos últimos dez gols a partir de jogadas rasteiras, não será surpresa se conseguir gol pelo alto porque dos últimos dez gols que o Palmeiras sofreu, sem contar pênaltis e faltas diretas, sete nasceram em jogadas aéreas, e o São Paulo é eficiente em explorar essa fraqueza. Dos últimos dez gols, o Palmeiras marcou metade pelo alto e metade em jogadas rasteiras, e o São Paulo sofreu seis dos últimos dez gols em trocas de passes. O São Paulo é o nono mandante em média de finalizações por partida (14,6), mas tem a segunda maior eficácia, um gol marcado a cada 6,6 tentativas. A defesa do Palmeiras sofreu em média 13,2 finalizações por partida fora de casa, sétima média, mas sofreu um único gol em 66,0 finalizações. O Palmeiras é o visitante que mais finaliza (15,6), com um gol a cada 11,7 tentativas, sétima eficiência. O São Paulo é o mandante que menos permite finalizações aos visitantes (7,2), mas com a quinta menor resistência, um gol sofrido a cada 9,0 finalizações contrárias.

Metodologia

 

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2022 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 86.191 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.529 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

Favoritismos apresentará também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Felipe Tavares, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti.  (Espíão Estatístico/GE)