Um homem de 31 anos foi preso nessa quinta-feira (2), por ocultação de cadáver e integração de organização criminosa, após uma ossada humana ser encontrada na região da Ponte de Ferro, em Cuiabá, também na quinta. Informações coletadas pelos investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso levaram aos possíveis envolvidos no crime, realizado em 2020.

O homem preso confessou ser autor do homicídio e deu detalhes de como a vítima foi morta. Segundo ele relatou à equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, a execução foi consumada em uma casa que ele alugava com o comparsa no bairro Vila Rosa, na Capital, onde os dois praticavam tráfico de drogas.

Na noite do crime, a vítima, conhecida pelo apelido de “Paulista”, teria ido até o local para comprar drogas. Segundo ele, uma terceira pessoa teria denunciado a eles que Paulista era ligado a uma facção criminosa de São Paulo. Apartir disso, eles entraram em contato com presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), perguntando o que deveria ser feito. Foi de dentro da PCE que veio a ordem da execução.

A vítima, então, foi amarrada pelos pés e mãos e enforcada até desmaiar. Em seguida, o homem foi estrangulado e espancado, mesmo depois de morto. Os assassinos aguardaram até a meia-noite para então levar o corpo para o ponto de desova, nas proximidade da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro.

 

Trinta dias depois, a dupla ainda voltou ao local onde o corpo foi desovado para ocultar o crime e dificultar a descoberta da autoria. Segundo relato do preso à Polícia Civil, a área já tinha passado por uma queimada. Ele também contou que o comparsa que o ajudou no crime já morreu, também vítima de homicídio.

“Ele confessou, em detalhes, tanto o homicídio quanto a ocultação de cadáver, delatou o comparsa e foi muito claro sobre a motivação ao dizer que o crime foi cometido pelo fato da vítima ser de outra facção e que o aval para o homicídio deu-se após decreto de lideranças em estabelecimento prisional”, reforçou o delegado Caio Fernando Albuquerque.

O Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP reforça às famílias que tenham pessoas desaparecidas devem registrar boletim de ocorrência para possibilitar o cruzamento de informações que ajudem a identificar vítimas encontradas em casos como este.