José Augusto dos Santos, vulgo “Dedé”, membro do Comando Vermelho, foi condenado a 21 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e organização criminosa armada, pena a ser cumprida em regime fechado.

Ele é acusado de participar do homicídio de Matheus Augusto da Silva Correa, 19 anos, no dia 22 de março de 2020, no bairro 13 de Setembro, em Várzea Grande. O rapaz foi espancado até a morte por Dedé e outros membros da facção.

O MPMT denunciou sete homens pela morte de Matheus. Seis foram condenados e um foi citado em edital, uma vez que está foragido. Conforme o Ministério Público, os denunciados praticaram o crime com a finalidade de promover a facção que, “formalmente, por meio de Estatuto mediante divisão de tarefas, estabelece regras que definem e orientam as ações criminosas estruturadas e sistêmicas entre seus membros (…) responsáveis pela prática de diversos crimes, inclusive homicídio”.

De acordo com a denúncia, Edivaldo Junior Aparecido do Espírito Santo, Deivison Pereira da Silva, David Pereira da Silva, José Augusto dos Santos, Yago Felipe Rodrigues, Matheus de Almeida Costa e Laender Silva Ferreira Gomes se reuniram para dar um “salve” na vítima, que teria agredido fisicamente Deivison no dia anterior. A vítima Matheus Correa foi submetida à sessão de espancamento, com “demasiado, desproporcional e desnecessário sofrimento”, causando-lhe a morte.

 

Julgamentos

Os outros bandidos envolvidos no crime já foram julgados e condenados. Yago Rodrigues, vulgo “Nego Drama”, foi condenado a 23 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão em júri realizado em julho de 2021, mas a defesa do réu interpôs recurso de apelação.

Deivison da Silva, Edivaldo do Espírito Santo, conhecido como “Caxarinha”, e Matheus Costa, chamado de “Playboy”, foram julgados e condenados em 26 de março deste ano a 16 anos de reclusão cada um. Na mesma sessão de julgamento, David da Silva recebeu a pena de 10 anos e oito meses.

O MPMT interpôs recurso de apelação contra a sentença visando o aumento das penas.

(Fonte: Repórter MT)