Apontado pela maioria como ponderado e moderador, o prefeito Kalil Baracat (MDB),  de Várzea Grande,   defendeu a liberação das obras para a implantação do Bus Rapit Transit (BRT), na Região Metropolitana de Cuiabá. Ele avalia que a população é quem sai perdendo com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que derterminou a suspensão das obras, atendendo  pedido da Prefeitura de Cuiabá.

Durante evento do aniversário de Várzea Grande,  ao lado do governador Mauro Mendes (União Brasil), o administrador  afirmou que os várzea-grandenses não podem esperar ainda mais por uma solução de mobilidade urbana que já deveria ter sido entregue, na Copa do Mundo de 2014.

E ele enende que existe um prejuízo de mais de oito anos, para os moradores da Cidade Industrial. “Várzea Grande foi muito prejudicada e a população quer uma solução para esse imbróglio. Não podemos esperar mais”, afirmou, se posicionando ao lado de Mauro Mendes e contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), de Cuiabá.

Detalhe: Pinheiro é velho colega de Baracat, no MDB, sob as bênçãos do cacique Carlos Bezerra. Pinheiro é defensor intransigente da conclusão das obrs do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Cuiabá-Várzea Grande e tenta evitar a implantação do BRT.

Kalil defendeu que o Governo de Mato Grosso  recorra da decisão do TCU (o que já está sendo feito), já que todos os trâmites legais foram cumpridos e basta dar a ordem de serviço para que o modal comece a ser construído.

“Cuiabá não teve a obra, pois fecharam onde ia passar o trilho, e a cidade continuou normalmente. Várzea Grande não, porque já tem parte concluída. A cidade de Várzea Grande é obrigada a pagar essa fatura alta? Não concordo”, disparou.

Junto com o governador Mauro Mendes e outras autoridades, Kalil Baracat também esteve em Brasília na última semana para buscar a liberação das obras do BRT.

*Estudos subsidiam BRT*

A decisão de substituir o VLT pelo BRT foi tomada pelo governador Mauro Mendes após a conclusão de estudos técnicos do Ministério do Desenvolvimento Regional.

 

Os estudos concluíram que o VLT seria insustentável, custaria muito mais que o BRT, demoraria até seis anos para ser concluído e contaria com uma tarifa superior a R$ 5, além de todos os problemas jurídicos envolvidos na obra.

 

Já o BRT, conforme a análise técnica, custaria metade do preço do VLT, pode ficar pronto em até dois anos após o início das obras, terá tarifa pouco acima de R$ 3, é não-poluente pelo uso de baterias recarregáveis e oferece maior flexibilidade para expansão de rotas, beneficiando milhares de usuários a mais.