Entre a noite de domingo (15) e a madrugada desta segunda-feira espectadores do Brasil inteiro acompanharam o primeiro e único eclipse total da Lua em 2022. Isso quer dizer que o Sol, a Terra e Lua estiveram alinhados e a Lua passou na sombra da Terra. O fenômeno foi visto também em toda a América do Sul e Central e partes da América do Norte, Europa e África. Quem perdeu esse belo espetáculo, só poderá ver em 2025, quando acontece outro da mesma natureza.

O astrônomo amador Eduardo Baldaci, que morou em Mato Grosso na última década, registrou o espetáculo através de imagens em vídeo e fotos de seu telescópio. O evento chegou em sua totalidade às 23h11, (horário de MT) e a sombra encobriu completamente o disco lunar e a Lua ficou avermelhada, isso porque não tivemos a incidência direta da luz do Sol no satélite natural. Por isso, o evento também é conhecido como ‘Lua de Sangue’.

“O eclipse da lua é quando ela passa no cone da sombra da terra projetada no espaço. Nessa passagem, a lua se transforma em uma cor cinza muito escuro ou vermelho chumbo. Essa cor ficou mais escura por causa de partículas lançadas pelo Vulcão de Tonga que ficaram na atmosfera e alteraram essa cor do fenômeno. É importante ressaltar que a luz do sol é projetada na atmosfera da terra e reflete na lua, portanto, se tiverem muitas partículas pairando na estratosfera ocasiona a alteração da cor do eclipse”, explica Baldaci.

De acordo com o Observatório Nacional, o eclipse parcial teve início às 22h27 (no horário de MT), quando o disco da Lua começou a escurecer. Às 23h15 começou o eclipse total e a coloração da Lua ficou cada vez mais vermelha.

Em seu máximo do eclipse, a Lua ficou imersa na umbra (região em que não há iluminação direta do sol) até 0h54 quando começou a sair para a penumbra (ponto de transição da sombra para a luz). A seguir, houve o eclipse parcial e depois novamente o penumbral.

Veja o vídeo do eclipse gravado por Eduardo Baldaci

De acordo com a Nasa, a agência espacial norte-americana, o nome técnico para isso é Dispersão de Rayleigh. A agência diz ainda que quanto mais poeira ou nuvens na atmosfera da Terra durante o eclipse, mais vermelha a Lua aparecerá. “É como se todos os amanheceres e entardeceres do mundo fossem projetados na Lua”.

Eduardo Baldaci
Eduardo Baldaci

O eclipse lunar total acontece todo ano, porém, só é visível em alguma parte do planeta. No ano de 2022 as Américas foram contempladas com este belo espetáculo. “E Foi um belíssimo espetáculo para quem pode ver. Quem perdeu este ano, somente poderá apreciar outro eclipse desta magnitude em março de 2025”, afirma Baldaci.

Confira imagens registradas pelo astrônomo Eduardo Baldaci: