Desdobramentos da Operação Jumbo realizada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (16), aponto que o empresário Thiago Gomes da Silva, conhecido pelo vulgo ‘Baleia’,- preso suspeito de coordenar a lavagem de dinheiro do tráfico de droga em Mato Grosso, já havia sido dono de uma ‘Boca de fumo’ e tinha contato quase que diariamente com membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Segundo a polícia, ‘Baleia’ possui pelo menos cinco passagens criminais, por tráfico de drogas, porte ilegal de arma e até foi apontado como mandante de um homicídio.
Durante coletiva de imprensa nesta segunda, o delegado Jorge Vinicius Gabira Nunes, asseverou que é possível notar a lucratividade da organização criminosa através dos bens apreendidos. Para o delegado, tudo leva a crer que o dinheiro utilizado é proveniente do tráfico de drogas. No final de 2020, o grupo expandiu os negócios e adquiriu mais postos, além de uma empresa de mineração em Poconé. A investigação continua.
“Boa parte desse dinheiro fica aqui, sim. Essas pessoas tinham um poder de comando e usufruíram em relação à lucratividade dessa organização criminosa. Isso é visível nas casas, carros e bens apreendidos. A compra do primeiro posto aconteceu quando já tinha 4 anos da sua última prisão. Quando ele comprou o posto, ele trabalhava como taxista. Inclusive elementos colhidos hoje comprovaram que ele era taxista naquele período. Como um taxista teve recursos para comprar um posto avaliado em R$ 6 milhões?”
A Operação é realizada nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D `Oeste, Poconé e Pontes e Lacerda. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá-MT, sendo oito mandados de prisão preventiva, 29 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de diversos bens, ainda segundo as investigações o esquema criminoso movimentou aproximadamente R$ 350 milhões em um período de quatro anos.