A Libra, criada nesta semana por oito clubes – seis da Série A e dois da Série B – tem seus dois primeiros executivos formalmente indicados para os cargos. Segundo a ata da Assembleia Geral de Constituição da Liga do Futebol Brasileiro (Libra), documento ao qual o ge teve acesso, dois diretores foram nomeados para “providenciar os registros e representá-la diante de terceiros”. O Cuiabá, por não concordar com regras, foi um dos clubes que não assinaram a favor da criação da Liga, após a reunião.
São eles Bruno Wegmann da Silva, empresário, que já foi executivo da Odebrecht e do Maracanã, e André Sica, advogado que já atuou para Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, Red Bull, Grupo City e CBF.
André Sica, advogado e dirigente da Libra — Foto: Divulgação
A ideia da Libra é que todos os seus cargos sejam ocupados por profissionais, com remuneração “semelhantes às do mercado”, estabelecida pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Administração.
Mas, como ainda não houve composição desses órgãos e a Libra ainda não tem nenhuma receita, os dois profissionais não serão remunerados neste momento.
Articulações no dia seguinte
O dia seguinte à reunião de São Paulo que selou a criação da Libra foi de poucos movimentos públicos e muitas conversas de bastidor.
Na véspera, Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo – além de Cruzeiro e Ponte Preta, da Série B – assinaram a formação da Libra.
Na noite de terça, cerca de 12 horas depois da reunião, os 14 clubes da Série A que não assinaram o documento publicaram uma nota oficial na qual explicaram os motivos pelos quais não aderiram.
Eles deixaram claro que não concordam com a maneira como foi proposta a divisão das receitas da futura liga, com 40% dos recursos divididos igualmente, 30% referentes a desempenho esportivo e 30% atrelados à audiência.
Apesar das divergências, os dois grupos deixaram claro que esperam aparar as arestas até o dia 12 de maio, próxima quinta-feira, quando os 40 clubes das Séries A e B voltam a se reunir na sede da CBF. (GE)