Policiais Penais que atuam na Penitenciária Central do Estado (PCE) interceptaram e impediram a entrada de 275 celulares, 517 chips de celulares, 146 carregadores, 202 cabos USB’s, um drone e mais de sete quilos de substância análoga a maconha na unidade. As ações são decorrência da Operação Tiradentes, que aconteceu entre os dias 18 e 29 de abril, e resultou ainda na prisão de 13 pessoas em flagrante por tráfico de drogas.
Somente na última sexta-feira (29.04), quatro criminosos foram detidos em duas motocicletas por policiais penais da unidade. Com os suspeitos, foram apreendidas diversas porções de entorpecentes. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), Amaury Neves, tais ações ajudam a manter a ordem dentro da unidade, além de impedir que mais crimes sejam cometidos a mando do crime organizado.
“Essa é a rotina dos policiais penais que atuam na maior penitenciária de Mato Grosso, em estado de alerta o tempo todo para evitar que esses crimes aconteçam e esses produtos ilícitos caiam nas mãos de quem não deve. Além de todas as atribuições internas realizadas pelo policial penal dentro da unidade, nós também precisamos estar atentos ao lado de fora dos muros para evitar que entrem materiais ilícitos e que contribuam para que novos crimes sejam cometidos de dentro das celas”, pontuou.
Segundo levantamento realizado pelo Sindspen-MT, a unidade que passa por reforma, mesmo após a conclusão da obra, a unidade continuará enfrentando a lotação. Construída com capacidade para receber 810 presos, a unidade prisional atualmente abriga detentos de toda a baixada cuiabana, e hoje sua lotação totaliza aproximadamente 2.400 detentos.
Conhecida por receber condenados de alta periculosidade, líderes de facções e faccionados que precisam de segurança máxima, o trabalho da polícia penal precisa ser de excelência. “O crime vai evoluindo e encontra novos meios de tentar continuar abastecendo os criminosos, desde drone até arremessos de produtos por cima do muro, o policial penal precisa estar atento a todas essas situações para evitar que essas irregularidades sejam cometidas”, apontou Neves.