Os 20 clubes da Série A devem comparecer na manhã desta terça-feira a uma reunião em um hotel de luxo em São Paulo para, possivelmente, dar início a uma liga independente no futebol brasileiro. Houve forte articulação entre os próprios clubes no fim de semana para que todos estivessem presentes.

Há uma divisão: o movimento “Forte Futebol”, iniciado em fevereiro com 10 clubes que se apresentaram como emergentes, outro bloco formado por Flamengo e os cinco clubes paulistas na elite nacional, e ainda um terceiro dos que não estão incluídos em nenhum destes dois. Grupos interessados em buscar investimento para a liga já afirmaram que a maior dificuldade é a falta de uma negociação unificada.

O encontro foi convocado pelo bloco composto por Flamengo, Bragantino, Palmeiras, Santos e São Paulo, com a carta convite assinada por esses clubes. Mas o fato que gera otimismo de todos os grupos envolvidos é justamente a iniciativa das próprias agremiações de conversarem entre si para fortalecer a reunião.

As conversas para a criação da liga acontecem há meses. O advogado Flavo Zveiter, que representa a Codajas Sports Kapital (CSK), anunciou a parceria com o BTG Pactual em janeiro, e está desde o começo cas tratativas mais alinhado com o bloco de Flamengo e clubes paulistas.

Outros grupos, como o consórcio formado por Live Mode e 1190, e o banco de investimentos da XP, que teria parceria da La Liga para estrutura e tecnologia e busca investidores, também fizeram propostas para gestão da possível nova liga.

Houve uma reunião no BTG em fevereiro, já tentando aproximar os blocos divergentes. Na ocasião, estiveram no encontro, dirigentes de Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Red Bull Bragantino, Cruzeiro, Vasco, Fluminense, Internacional, Grêmio e Atlético-MG.

Este último atuou como uma espécie de embaixador do “Forte Futebol”, movimento criado também em fevereiro 10 clubes que se apresentam como emergentes – América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude.

O maior impasse, além de espaço em calendário para possíveis novas competições, é o rateio de cotas de transmissão de jogos. (GE)