Abinadab Costa Moraes, 24 anos, que assassinou a companheira Ângela Rocha Pereira, de 22 anos, com 14 facadas, colocou fogo em seu corpo e depois jogou em um lixão na cidade de Colniza (a 1,065 km de Cuiabá), está mantido na prisão. Foi o que decidiu o juiz plantonista Carlos José Rondon Luz, da Vara Especializada da Infância e Juventude de Várzea Grande, que realizou a audiência de custódia.

O suspeito foi preso na madrugada deste sábado (30), em um posto no bairro Construmat, em Várzea Grande, após quatro dias foragido. Segundo informações, ele tentava fugir para os Estados Unidos, com a ajuda de um irmão e de um líder religioso. Ele já estaria em Várzea Grande com esse propósito. Conforme o delegado responsável pelo caso, Bruno França Ferreira, o suspeito havia recebido do irmão, a quantia de R$ 15 mil para conseguir sair do país.

Segundo a polícia, uma denúncia anônima informou onde ele estava escondido. “Logo que apurado o local onde ele estava escondido, foi solicitado apoio à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande, para dar cumprimento a ordem de prisão”, destacou o delegado.

Imediatamente a equipe da Derf-VG foi até o endereço, onde ao perceber a presença dos policiais civis o suspeito tentou fugir pulando o muro do condomínio. A Polícia Militar foi acionada para dar suporte na ação, ocasião em que ele acabou sendo detido no cerco policial. No momento da prisão, ele estava escondido embaixo de um carro.

Abinadab tinha fugido com a filha do casal, de um ano e meio. Ela não o acompanhou a Várzea Grande e foi informado que está na cidade de Sapezal, sob os cuidados da tia paterna (irmã do suspeito). Ele continua preso e responderá pelo crime na Comarca de Colniza.

Sobre o crime

A esposa de Abinadab, Ângela Rocha Pereira, 22 anos, foi encontrada em um lixão de Colniza, no início da tarde de domingo (24). Ela foi morta com 14 facadas pelo marido e teve o corpo queimado, de acordo com as investigações. Conforme a Polícia Civil, um homem que recolhia lixo reciclado no local encontrou o corpo.

Durante os trabalhos, os investigadores da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) constataram que Ângela tinha 14 marcas de facadas pelo corpo, que também estava parcialmente queimado, mas não chegou a ser carbonizado.