A árbitra Deborah Cecília relatou na súmula que o meia Jean Carlos tentou agredi-la após ser expulso na final do Campeonato Pernambucano entre Retrô e Náutico – neste sábado, na Arena de Pernambuco, vencida pelo Timbu. Em entrevista ao ge, o jogador negou que tenha tido essa intenção.

Jean Carlos afirmou que o ato de ir em direção à juíza foi feito “na emoção” para mostrar que o movimento do cotovelo que gerou seu cartão vermelho teria sido normal. E que teria questionado qualquer árbitro.

“Eu não fui agredir. Meu movimento com o braço foi para mostrar a ela o que eu tinha feito com o jogador para sair dele e não dar cotovelada. Não quis agredir nem ela nem o jogador do retrô. Jamais eu partiria pra cima dela, o movimento ali foi da emoção e revolta pela expulsão e eu questionaria qualquer árbitro.”

Jean Carlos foi expulso aos 23 minutos do segundo tempo após intervenção do VAR, que chamou Deborah Cecília para analisar cotovelada do meia no volante Yuri Bigode, do Retrô – dada em lance sem a bola. Logo após ver o cartão vermelho, o jogador foi em direção à árbitra e precisou ser contido por atletas do Náutico e também do Retrô.

– Aos 22 minutos do primeiro tempo expulsei com cartão vermelho direto o senhor Jean Carlos Vicente, número 10 da equipe do Náutico, por desferir uma cotovelada fora da disputa da bola no rosto do seu adversário (…) Após eu ter apresentado o cartão vermelho direto, o jogador expulso partiu em minha direção na tentativa de me agredir, sendo contido pelo árbitro assistente Clóvis Amaral, e por seus companheiros de equipe, além disso relutou a sair do campo de jogo, sendo retirado por seus próprios companheiros de equipe – diz a súmula do jogo.

A atitude do jogador foi duramente criticada nas redes sociais e também pela comentarista Ana Thaís Matos.

“Se a CBF não agir rapidamente com punições mais severas, vai acontecer mais. E eu vou falar, não é nem para o agressor, no caso, vou falar para quem está em casa achando que isso é normal porque os jogadores vão para cima dos árbitros homens também: não tem que ir para cima nem do árbitro homem nem da árbitra mulher.”

– E o cara se deu mal porque a Deborah é forte e encarou ele. Não tem que ter esse tipo de rivalidade dentro de campo, muito mais pelo respeito, porque ela é uma grande árbitra e faz um grande trabalho – acrescentou Ana Thaís Matos. (GE)