As bases populares e organizações sociais de Mato Grosso não aceitam reajuste na tarifa de energia elétrica, enquanto a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) não concluir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa. A tese é sustentada pelo presidente da Federação Mato-Grossense das Associações de Moradores de Bairros (Femab), Walter Arruda, por considerar que o consumidor esteja sendo penalizado injustamente.
Cobrada para apresentar resultados, a CPI da Energisa da Assembleia Legislativa deve apresentar relatório final no próximo mês. Instaurada em 2019, a Comissão investiga o aumento abusivo nas contas de energia elétrica no Estado, o enxugamento nos quadros de funcionários e a má prestação dos serviços concessionados.
Entretanto, o resultado da CPI, presidida por Elizeu Nascimento (PL), sob relatoria do deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), vem sendo cobrado, após a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberar as concessionárias para aumentar o valor da tarifa nos Estados. Em Mato Grosso, o reajuste será de 20%.
Representantes do movimento social reagiram e compareceram à CPI nessa segunda-feira (25.04) cobrando o fim do reajuste.
“Nós não aceitamos esse aumento, não aceitamos o índice de reajuste, que está retirando o pão e o leite da mesa das nossas famílias. Então chegou o momento do movimento social mostrar sua cara e ir para rua e dizer: tira mão do meu bolso, ANEEL, Energisa. Nós não aceitamos esses aumentos esdrúxulos, esse aumento tem só diminuído o Poder de compra da nossa população”, criticou o presidente da FEMAB, Walter Arruda.