A candidatura de Neri Geller ao senado é algo irreversível e tem o apoio total das lideranças nacionais do Partido Progressista (PP). O presidente da agremiação, ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil, afirmou que caso não haja consenso entre os partidos aliados na formação de um palanque único para senatória em Mato Grosso, o presidente Jair Bolsonaro se manterá neutro. Segundo o ministro, esse foi o entendimento definido durante reunião da coordenação de campanha do presidente.
Diante do impasse do apoio de Bolsonaro em Mato Grosso, Neri Geller, presidente da agremiação no Estado, deu indícios de que a sigla poderia fazer outras composições regionais e, até mesmo, subir em outros palanques que não fossem do presidente Jair Bolsonaro, caso não haja uma definição sobre a candidatura majoritária, que divide a basedo presidente em Mato Grosso.
Diversas siglas robustas em Mato Grosso já declararam apoio irreversível a candidatura de Neri e até promoveram um encontro político para fazer pressão nas lideranças estaduais, como o governador Mauro Mendes que ainda não definiu seu apoio ao senado. MDB, PSD e PSB são algumas das agremiação que já acamparam o projeto do progressista.
Neri Geller sustenta a tese de que o Jair Bolsonaro se manterá neutro quanto a senatoria em Mato Grosso e afirma que não irá ‘implorar’ apoio de Bolsonaro para a sua candidatura. Porém, diz ter legitimidade em receber em razão da sua atuação governista na Câmara Federal.
“Não vou fazer cavalo de batalha disso [apoio de Bolsonaro], porque eu tenho um serviço prestado, eu tenho capacidade de articulação e estou em um partido que ajuda o governo federal, e em um grupo de partidos que trabalham em conjunto”, completou.
O deputado federal criticou um vídeo divulgado pelo senador Wellington Fagundes onde afirma que estaria articulando a presença de Bolsonaro em Cuiabá ainda neste mês durante o encontro nacional de pastores da Assembleia de Deus.
“Eu não preciso ficar fazendo videozinho dizendo que estou trazendo o presidente pro Estado. Porque quando ele [Bolsonaro] precisa de mim, ele me chama. Foi assim nas discussões dos defensivos agrícolas e tantas outras pautas. Eu tenho serviço prestado”, afirmou.