O aniversário de 303 anos de Cuiabá deve ser marcado com um “presente de grego”, por sinal bastante amargo, para o trabalhador da Capital de Mato Grosso: a majoração na tarifa do transporte coletivo.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), admitiu que pretende autorizar o aumento no valor da passagem de ônibus para R$ 4,95. Em entrevista à imprensa, o gestor explicou que vem segurando o reajuste há mais de três anos, diante da forte pressão das empresas do transporte coletivo.
Segundo o gestor, as empresas alegam queda no número de usuários e pedem o reajuste de 20% sobre o valor que é cobrado atualmente, ou seja R$ 4,10. Além disso, os empresários apontam aumento com o gasto de combustível.
“Estou muito preocupado com isso, a MTU me procurou e eu não posso fugir disso. Já teve um aumento que o conselho deu reajustando para R$ 4,95 e eu que segurei um pouco. Ninguém quer aumento de tarifa, a gente quer o passageiro dentro do ônibus porque isso gira o sistema. Só que caiu o passageiro dentro do ônibus e nisso tem que aumentar a tarifa”, disse.
O aumento em questão já foi aprovado Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) no fim do ano passado. O valor apenas aguarda a definição do Executivo municipal para ser repassado à população.
Nesse contexto, Emanuel explicou que teme uma “quebradeira” das empresas e acrescentou que não sabe por quanto tempo conseguirá manter o valor atual da passagem. “Eu quero que empresário quebre, que gere o caos no transporte, desemprego? Não. Eu não sei quanto tempo vou conseguir segurar”, acrescentou.
O emedebista afirmou que solicitou um estudo para à Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e a Arsec para tomar uma decisão final sobre o assunto. O gestor pontuou ainda que o aumento seria uma opção ilusória para solucionar a crise no setor.
“Há uma preocupação quanto ao equilíbrio econômico financeiro do sistema para que não caia passageiros. Nós temos que trazer os usuários para dentro do ônibus e não tirar. Isso vai ser uma opção ilusória para resolver o problema de caixa. É um momento difícil que a sociedade está vivendo e esse preço do diesel está afetando todas as atividades” , finalizou.