O Corinthians está cada vez mais próximo de anunciar o seu novo treinador. Na quarta-feira, o clube apresentou uma proposta oficial para um treinador e, segundo fontes ouvidas pelo ge, o acerto é questão de tempo. O escolhido pela diretoria seria um português. O nome, porém, é guardado a sete chaves.

Segundo a diretoria do Corinthians, “ainda existem questões pendentes” para o acordo.

Um dos favoritos do momento é Luis Castro. Técnico do Al-Duhail, do Catar, ele pretende definir o futuro até o começo da próxima semana. Há informações de que clube árabe já teria um substituto engatilhado no mercado, o que indicaria mesmo uma saída de Castro nos próximos dias.

A saga lusitana

Jorge Jesus sempre foi o plano A. Recebeu uma ligação de Duílio Monteiro Alves ainda em dezembro, quando Sylvinho estava no cargo. Nas últimas semanas, porém, sinalizou que só volta a trabalhar em maio, o que fez com que o Timão passasse a olhar outros treinadores pela Europa.

Corinthians, então, focou esforços em Vitor Pereira, ex-Porto, mas o treinador não se mostrou tão interessado em mudar ao Brasil neste momento. Além disso, os números salariais não foram atrativos.

Aos poucos, outros nomes foram sendo oferecidos, mas sem grandes avanços nas negociações. Não houve acerto com Paulo Fonseca, ex-Roma, e Rui Vitória, ex-Benfica.

José Peseiro, português que já comandou a seleção da Venezuela, também foi oferecido por empresários com trânsito no Timão.

Leonardo Jardim, que disputou o Mundal de Clubes pelo Al-Hilal da Arábia Saudita, também ficou disponível no mercado nos últimos dias. O ge apurou que o Corinthians tem outro nome na frente dele, mas que poder passar a recorrer ao treinador caso não aconteça um avanço nas tratativas.

Neste momento, não há técnicos brasileiros na disputa pelo cargo de técnico do Timão.

Sylvinho e Leonardo Jardim em Lyon x Monaco — Foto: Reuters

Sylvinho e Leonardo Jardim em Lyon x Monaco — Foto: Reuters

O que quer o Corinthians?

Como o ge tem mostrado nas últimas semanas, o Corinthians busca um técnico experiente, de preferência estrangeiro, que seja bom em questões táticas, que se comunique bem e que faça uso das categorias de base. O clube oferece um contrato de dois anos, até o fim da gestão Duilio.

Para isso, o Timão está disposto a abrir os cofres e gastar cerca de três vezes mais do que pagava a Sylvinho.

O desejo da diretoria corintiana é fixar o valor de câmbio em contrato, de forma a se proteger de eventuais variações de cotação. No passado, o clube enfrentou dificuldades nos pagamentos dos paraguaios Balbuena e Romero, cujos salários estavam estipulados em dólar.

Embora ainda esteja em processo de redução de despesas, o Timão vê margem para este aumento no custo da comissão técnica. A avaliação da cúpula alvinegra é de que o clube ganhou fôlego econômico com algumas saídas recentes de jogadores – a última delas, a do volante Gabriel – e também que um grande treinador pode “se pagar” com títulos.

No orçamento para esta temporada, o Corinthians previu gastar R$ 22 milhões mensais com a folha salarial do futebol (o que engloba todos os encargos trabalhistas dos profissionais do departamento, incluindo funcionários administrativos).

Em entrevista ao programa “Grande Círculo”, do SporTV, que vai ao ar neste mês, o presidente Duílio Monteiro Alves afirmou que o clube desembolsa cerca de R$ 15 milhões com o elenco profissional – o montante se refere apenas ao que é pago aos atletas. (GE)