O jogo do Corinthians desta quarta-feira marca um feito ainda inédito para o técnico interino Fernando Lázaro em sua curta carreira na função: fará pela primeira vez o terceiro jogo seguido no comando da equipe. É ele quem estará à frente do banco de reservas contra o São Bernardo, a partir das 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena, pela sétima rodada do Campeonato Paulista.

Lázaro tem a seu favor um retrospecto bastante favorável: são quatro vitórias em quatro jogos. Duas delas conquistadas no ano passado, após a demissão de Vagner Mancini e antes da chegada de Sylvinho, e duas mais recentes, nos dois últimos jogos, após a saída do próprio Sylvio.

São estes números que dão tranquilidade à diretoria na busca por um novo treinador. Busca que já dura 13 dias e não tem data para acabar. Sylvinho foi demitido em 3 de fevereiro e, desde então, o clube ainda não chegou a um consenso sobre qual será o próximo nome a dirigir o Corinthians.

O interino não faz cobranças e publicamente nem sequer cogita ser efetivado no cargo. Em sua última entrevista coletiva, refutou a possibilidade de pensar em assumir de vez o cargo de treinador da equipe, colocando como foco apenas entregar um bom trabalho neste período de transição.

Querido pelo elenco e com conhecimento do dia a dia do clube, Lázaro não tem encontrado dificuldades para cumprir seu papel nos últimos dias. Pelo contrário, o CT vive momentos de tranquilidade à espera de um novo comandante que, dependendo de quem for, poderá promover mudanças na comissão técnica fixa.

A prioridade do Corinthians é contratar um português. Ao Grande Círculo, programa do SporTV que vai ao ar no próximo sábado, às 21h30, o presidente Duilio Monteiro Alves admitiu que mudou sua visão sobre os estrangeiros e que, neste momento, os vê uma prateleira acima dos treinadores brasileiros.

A negociação para contar com um europeu no clube, porém, não é fácil. Há a questão cambial, com o real bastante desvalorizado, a necessidade de fixar o valor do euro, o convencimento ao profissional sobre a mudança de continente mesmo diante da falta de estabilidade do mercado brasileiro, entre outras questões.

O nome que por mais tempo esteve em pauta foi o do português Vítor Pereira, de 53 anos, mas, por ora, nenhuma negociação mais contundente avançou. A ideia do Corinthians é ter o próximo técnico adaptado ao elenco bem antes da estreia da equipe na Libertadores, em abril. (GE)