Acusado de estuprar duas mulheres em uma praça em pleno centro de Cuiabá, o suspeito Elon Lopes da Silva, de 33 anos, vai continuar preso. O juiz João Bosco Soares da Silva converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante de Elon Lopes da Silva de 33 anos. Ele foi reconhecido pelas vítimas, mas negou os ataques.
Elon Lopes passou por audiência de custódia presidida pelo juiz João Bosco, na sexta-feira (11), que julgou necessária prisão, visto todo amparo das provas e que ele representa um risco para a sociedade. E entendeu que se for solto, pode voltar a cometer novos crimes.
Em um trecho de sua decisão, o juiz expôs seu argumento: “Diante do exposto, com fulcro no art. 310, inciso II, e 313, inc. I, ambos do cpp, converto a prisão em flagrante de Elon Lopes Da Silva, com qualificação nos autos, em prisão preventiva, já que presentes os requisitos constantes do art. 312 e 313, do código de processo penal”.
O juiz ainda destaca que as tatuagens e o chinelo do suspeito foram identificados pelas mulheres. Mesmo que ele negue o ato criminoso, o estupro confere maior peso à palavra das vítimas: “A esse respeito devemos pontuar que, apesar de o autuado ter negado a prática do crime a ele atribuído, ‘… nos crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima reveste-se de valia maior, considerado o fato de serem praticados sem a presença de terceiros…’”, consta no documento.
Entenda o caso
O suspeito foi preso pela equipe Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), no dia 10, nas imediações da Praça Rachid Jaudy, local onde atacou as vítimas. Uma adolescente de 14 anos e mulher de 41 anos. A menor saía de um curso, na terça-feira (8), quando foi abusada pelo homem.
A vítima de 41 anos estava na rua Marechal Arnaldo de Matos, próximo da praça da Caixa D’água Velha. Ela seguia para uma consulta no CAPSI, onde passa por tratamento psicológico, quando foi atacada pelo homem, na quarta-feira (9). Nesse mesmo dia, ele foi preso por volta de 18h, após brigar com um companheiro, que também é andarilho. O acusado jogou uma pedra na cabeça do colega, que foi até uma delegacia registrar a ocorrência.