A falta de acessibilidade às marginais da BR-364, no Distrito Industrial de Cuiabá, será tema de reunião ampliada, nesta segunda-feira (14), às 17 horas, no auditório Licínio Monteiro da Assembleia Legislativa, solicitada pelo deputado Eduardo Botelho (DEM), primeiro-secretário da ALMT.
Com as participações de representantes do Governo do Estado, Prefeitura de Cuiabá, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), dos senadores Jayme Campos e Welington Fagundes e empresários, a reunião ampliada é fruto do encontro de Botelho com os empresários, realizado nesta quinta-feira (10), no auditório do Hotel Pantanal. Oportunidade em que os comerciantes expuseram as dificuldades que estão passando desde que o trânsito foi alterado, com a duplicação da BR-364, onde as obras ainda não foram concluídas, e as marginais ficaram sem vias de acesso às empresas e aos bairros. Também questionam a distância para o contorno e a falta de passarelas para pedestres.
“Vamos fazer uma reunião com todos os setores, com o DNIT, o governo, a Prefeitura de Cuiabá e os senadores, é muito importante a participação deles [Jayme Campos e Welington Fagundes], para encontramos uma solução em curto prazo, até chegarmos a solução definitiva para essa região. Pois, a situação como está prejudica os empresários, os moradores, trabalhadores. Enfim, todos têm dificuldade no acesso”, afirmou Botelho, ao defender a união de forças nessa questão que melhore a entrada de Cuiabá.
“Essas obras estão atrasadas há mais de cinco anos e, ainda não foram terminadas. Então, precisamos pelo menos fazer algo rápido, de forma emergencial, para resolver porque os empresários falam que os clientes passam na via rápida e não param mais aqui”, acrescentou o deputado.
De acordo com o presidente do bairro Nova Esperança 3, Josuel Ribeiro, com a mudança no trânsito após a duplicação da BR, foi retirado o acesso aos bairros, prejudicando, sobremaneira, o local. “Moradores precisam percorrer até seis quilômetros para ter acesso ao comércio, ao ponto de ônibus e bairros. O pedestre não tem como atravessar a via de grande fluxo pela falta de passarela. Toda a região Sul foi prejudicada, aqui temos o grande Pedra 90, Jardim Nova Esperança 1, 2, 3, Jardim Botânico, Império do Sol e muitos outros. Hoje estamos com a população misturada ao trânsito, um perigo constante, atropelamentos, muitos acidentes, devido a esse trabalho mal feito pelo DNIT. Queremos que o deputado nos ajude a ter pelo menos umas agulhas de acesso nos bairros para melhorar esse caos que está aqui”, afirmou a liderança.
Empresário do setor de autopeças, Eduardo Silgueiro Frade lembra que, antes da obra do DNIT, o trânsito fluía melhor e que agora enfrentam redução nas vendas. “Agora, com as novas pistas, via única, para quem está vindo sentido Centro – Rondonópolis não tem a opção de via para acessar as empresas. Só consegue se entrar nos bairros com ruas sem asfalto. Para nós ficou muito ruim, os clientes param de vir na loja por dificuldade de acesso”, reclamou, ao reforçar que o ideal é que as marginais sejam vias de mão dupla, com mais um retorno e viaduto mais próximo”.
Hoje, após a reunião, Botelho fez questão de percorrer o trajeto e constatou as dificuldades pela falta de acesso às marginais. Explicou aos empresários que lutou para que as obras em Mato Grosso sejam executadas somente com recursos em caixa. E lamentou que o mesmo não acontece com as obras do DNIT.