O ano letivo da rede municipal de ensino de Tangará da Serra (258,9 km da Capital) foi adiado para o dia 14 de fevereiro. O retorno presencial estava marcado para a próxima segunda-feira (7), mas precisou ser remarcado devido a um surto de casos de covid-19 entre os profissionais da educação. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (4).
Em coletiva de imprensa, o secretário municipal de Educação, Vagner Constantino, apontou dois motivos para o adiamento.
“Primeiro foi o grande número de atestados de covid-19 entre os servidores de todas as áreas. E segundo, a contratação de 500 profissionais que passaram no processo seletivo e concurso, não foi possível ser concluído devido ao surto da pandemia e da gripe desse começo de ano”, explicou.
Segundo ele, o adiamento em cinco dias é necessário para resolver os dois casos. “Estamos entrando em uma curva que nos aponta para uma diminuição de casos [positivos] a partir da segunda quinzena deste mês, o que pra gente é positivo. Nosso interesse é fazer com que as aulas presenciais sejam possíveis durante o ano todo em todas as nossas unidades escolares”, disse.
Vagner explicou que, no caso das contratações, o único laboratório que realiza os exames admissionais no município sofre com a demanda para atender os novos profissionais não só da Educação, mas da Saúde, Meio Ambiente e também de servidores estaduais.
“Tivemos um pequeno atraso no processo que antecede a contratação, agravado devido à sobrecarga de demanda do laboratório. Se nós iniciássemos as aulas na segunda, algumas unidades estariam sem os profissionais. Então esse adiamento nos possibilita tempo para deixar todas as unidades preparadas”.
O secretário garantiu que a decisão não irá afetar os alunos, pois há um planejamento para a reposição dos dias ‘perdidos’.
“Teremos um ano inteirinho de aulas, conforme nosso calendário, pois esses cinco dias serão abatidos do recesso de carnaval e sábado letivo”, finalizou.
As aulas presenciais no município foram suspensas em março de 2020, devido à pandemia do novo coronavírus. Em fevereiro de 2021, um decreto autorizava o retorno presencial, obedecendo uma série de critérios, mas dias depois o município suspendeu novamente diante da classificação de risco muito alto de contaminação pela covid-19.
Em junho, as aulas voltaram a ser presenciais. Na época, o retorno foi possível após a vacinação de quase 100% dos profissionais de educação com a primeira dose da vacina contra a covid-19