Quase seis meses depois da primeira punição que o impediu de registrar atletas, o Cruzeiro solucionou a situação e poderá registrar os 11 contratados anunciados para a temporada. A dívida total era superior a R$ 20 milhões e envolvia também a contratação de Rafael Sobis, em 2016.
O Cruzeiro já havia feito o pagamento ao Defensor pela contratação de Arrascaeta. Também nesta segunda, acertou o débito que tinha com o Mazlatán, do México, por Riascos. E havia outra dívida que impedia o clube de registrar reforços: com o Tigres, também do México, por Rafael Sobis. O que estava pendente, neste caso, eram parcelas não pagas em um acordo fechado com o clube mexicano em julho de 2020.
O clube mineiro está com o impedimento de registro de atletas desde o meio de 2021. Uma das primeiras ações financeiras do Cruzeiro SAF, controlado por Ronaldo Fenômeno, era o pagamento da dívida na Fifa para a derrubada da proibição de registrar jogadores (transfer ban).
Por causa do impedimento de registro, o Cruzeiro fez uma corrida ao mercado entre maio e junho do ano passado para se reforçar para a Série B. Entretanto, não conseguiu chegar nem perto da briga pelo acesso, e terminou o campeonato na 14ª posição.
O primeiro jogo da nova temporada é nesta quarta-feira, às 17h (de Brasília), contra a URT, no Independência. Com a solução, o clube corre para conseguir registrar os 10 reforços anunciados: goleiro Rafael Cabral; zagueiros Maicon, Mateus Silva e Sidnei; volantes Filipe Machado, Pedro Casto e Willian Oliveira; meia João Paulo e atacantes Edu e Waguininho. Eles precisam aparecer no BID até terça-feira para poderem entrar em campo.
Dívida por Rodriguinho
O clube tem ainda cerca de R$ 30 milhões de dívidas com o Pyramids, do Egito, por Rodriguinho. A Raposa espera que a ordem de pagamento chegue até o meio do ano. O valor atualizado do débito também discutido na Fifa foi traçado pelo presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, no fim do ano passado.
A situação da dívida com o Pyramids é a seguinte: o Cruzeiro sofreu condenação parcial na Fifa em dezembro de 2020, e teria de pagar 3 milhões de dólares (hoje R$ 17 milhões) ao clube egípcio pelo não pagamento de quatro parcelas de 500 mil dólares, mais uma parcela de 1 milhão de dólares, não pagas entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020.
O Cruzeiro também foi condenado a pagar 300 mil dólares (R$ 1,7 milhão) de multa. O clube mineiro preparou recurso para discutir a situação na “segunda instância da Fifa”. Ainda não houve veredito. (GE)