Eles são joias precoces. Um, com 17. Outro, com 15 anos. Caio e Endrick, ainda adolescentes, chegam à semifinal da Copinha como grandes nomes de São Paulo e Palmeiras, respectivamente. O confronto dos talentos é uma das grandes atrações do duelo deste sábado, a partir das 19h (de Brasília), na Arena Barueri.
A dupla encurtou o caminho para empolgar torcedores tricolores e palmeirenses. Caio ainda fez a maior parte da temporada no sub-17, mas desde o fim do ano passado impressiona Alex e Rogério Ceni.
Endrick, ainda mais jovem, chegou a trabalhar recentemente com Abel Ferreira na Academia de Futebol e já chama a atenção pelo desempenho na Copa São Paulo diante de atletas até seis anos mais velhos.
Caio surge como uma das grandes apostas da base são-paulina. Desde 2015 em Cotia e com contrato válido até março de 2024, o adolescente chegou a ser relacionado por Ceni para a partida contra o Grêmio, no Brasileirão do ano passado.
O treinador do profissional se encantou pelo atacante rápido e habilidoso graças a uma decisão ousada de Alex. O técnico do sub-20 escalou Caio como titular na semifinal do Brasileirão contra o Flamengo.
Diante dos atletas mais velhos, o jovem anotou o único gol da partida e recebeu elogios de Ceni.
Autor de quatro gols na Copinha, vice-artilheiro do time ao lado de Maioli, Caio possui números de destaque. Somando sub-17 e sub-20, o camisa 9 tricolor no torneio soma 66 jogos e 28 gols pelo São Paulo, números que o tornam uma esperança tricolor ainda antes da própria maioridade.
Endrick, aos 15 anos, se tornou o grande nome desta equipe do Palmeiras que tem empolgado a torcida na Copinha. O garoto assumiu a camisa 9 e está honrando: são cinco gols em cinco jogos, com a artilharia alviverde na competição.
Além do alto número de gols na base (são 168 em 173 partidas desde o sub-11), o garoto tem chamado a atenção pela plasticidade dos lances, como contra Real Ariquemes na fase de grupos e Oeste nas quartas de final, em que até as redes da Fifa exaltaram o jovem.
Cada vez mais destacado, Endrick já convive com a expectativa de virar profissional, apesar da idade. Nas competições nacionais, ele só poderá estrear quando fizer 16 anos, em julho. No Mundial, há até a possibilidade jurídica de inscrevê-lo, mas o Verdão não deve queimar etapas agora.
O clube terá de esperar o aniversário, também, para assinar o primeiro contrato profissional com atacante. Apesar das notícias frequentes de admiração na Europa, o Palmeiras considera ter bem amarrada a discussão pelo novo vínculo.
Os representantes e a família do jogador também entendem que o melhor caminho é renovar com a equipe que lhe abriu as portas. (GE)