Em meio à crise sanitária que mudou a rotina do mundo todo, a Polícia Civil de Mato Grosso permaneceu firme no cumprimento da missão de investigar e acolher vítimas, serviços prestados por dezenas de unidades em todo o estado, entre elas as Centrais de Flagrantes de Cuiabá e de Várzea Grande, que encerraram o ano de 2021 com o registro de 4,3 mil prisões em flagrante nas duas maiores cidades do estado.
As Centrais de Flagrantes da Capital e de Várzea Grande funcionam 24 horas, durante toda a semana, para recebimento de ocorrências policiais e encaminhamentos de presos.
De acordo com os dados apurados pela Coordenadoria de Plantões Metropolitanos (Comppol), da Diretoria Metropolitana, de janeiro a dezembro do ano passado, as duas unidades policiais realizaram mais de 21,3 mil oitivas – entre vítimas, testemunhas e conduzidos – e expediram mais de 33,8 mil ofícios de procedimentos policiais.
Durante os doze meses foram confeccionados 342 Termos Circunstanciados de Ocorrência para crimes de menor potencial ofensivo, lavrados 77 autos de apreensão em flagrante por ato infracional, além de registrados 23 Boletins de Ocorrências Circunstanciados (BOC) procedimento aplicado em casos de atos menor potencial ofensivo de adolescentes.
Das atribuições realizadas pela Central de Flagrantes de Várzea Grande também houve representações judiciais por medidas protetivas no âmbito da Lei de Violência Doméstica e Familiar, totalizando no ano passado 448 pedidos.
Entre outras funções, as duas Centrais de Flagrantes concentram os atendimentos de ocorrências atípicas e naturezas diversas encaminhados pela Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outros órgãos da segurança pública das esferas municipal, estadual e federal, bem como apoio em operações como a da Lei Seca que resultou em 1,7 mil autos de prisões em flagrantes.
De acordo com o coordenador da Comppol, delegado Fabiano Pitoscia, nas duas unidades foram feitos investimentos como a troca de mobiliário, de computadores e viaturas. Foi realizada ainda a centralização do procedimento de protocolo, modernização do sistema de identificação de suspeitos, regularização de férias e licenças dos servidores, bem como a regularização de objetos apreendidos como veículos automotores, capacetes, bicicletas e outros.
As Centrais de Flagrantes contam com equipes plantonistas, compostas por delegados, escrivães e investigadores. Ainda em 2021, os policiais civis foram contemplados como “Moção de Aplausos” concedida pela Assembleia Legislativa do Estado, Câmara de Vereadores de Cuiabá e Câmara de Vereadores de Várzea Grande, pelo empenho em prol do cidadão mato-grossense e no combate à criminalidade.
Conforme o diretor Metropolitano, delegado Rodrigo Bastos da Silva, a Polícia Civil trabalha no planejamento para, neste ano de 2022, restruturar a parte física das Centrais de Flagrantes, transformando não apenas em delegacias receptivas, mas também em unidades próativas. “A idéia do projeto é fazer com que os policiais civis possam buscar soluções das ocorrências nos próprios locais de crime”, destacou o diretor.