Policiais penais de Mato Grosso optaram pela greve geral após terem o pedido de valorização salarial da categoria recusado pelo governo. Segundo o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen), a greve não tem prazo.
Na tarde desta quarta-feira (15), os servidores estão realizando uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa, onde o líder do Governo na Assembleia, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), os recebe para discutir a possibilidade da valorização salarial. O Sindicato solicitou reajuste de 50% devido aos oito anos de defasagem salarial.
Entretanto, o governo ofereceu 15% de recomposição, que já havia sido proposta pelo secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra. De acordo com o presidente do Sindspen, Amaury das Neves, os servidores estão há mais de oito anos sem receber ajustes salariais, tornando a categoria com o menor salário da segurança pública do Estado.
“Essa negociação se arrasta por um período já grande, e essa gestão do sindicato deu continuidade a esse trabalho. Ontem à noite, depois de várias reuniões, recebemos uma posição por telefone do secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, nos informando que não contemplará nossa demanda de valorização salarial. O que contempla não repara as nossas perdas e que não tem como mudar. Foi um comunicado por telefone e não foi possível discutir e trouxemos essa posição para a categoria”, afirmou.
“Estamos a mais de oito anos buscando a valorização, somos o menor salário da segurança pública do Estado, acumulamos muitas atribuições não regulamentadas. Atribuições que não estão sendo compensadas pelo governo, fazemos o trabalho mas não recebemos por isso.”, ressaltou.
O Deputado Estadual João Batista (Pros), que também é policial penal, também esteve presente na assembleia e comentou sobre a decisão da categoria em aderir a greve em todo o Estado e reiterou que continuará o trabalho de intermediar o diálogo entre sindicato e o Governo.
“O Policial Penal com o socioeducativo são as categorias de segurança pública com o menor salário. Então a categoria se mundializou, sentou com o governo do estado fez a proposta e o Governo apresentou uma contraproposta, mas a assembleia é soberana e a categoria decidiu por uma paralisação. Vamos estar acompanhando esses movimentos para manter esse diálogo entre o Governo e os Policiais Penais no sentido de evitar qualquer prejuízo, seja na execução do serviço ou para os policiais”, disse João Batista.