Um dos alvos da operação da Polícia Civil que apura a disseminação de fake news nas redes sociais é um velho conhecido dos policiais. William Sidney Araujo de Moraes, de 37 anos, era líder de uma quadrilha responsável por arrombar caixas eletrônicos de agências bancárias em Mato Grosso, Goiás e Tocantins.

 

Segundo o delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), Ruy Peral, William é considerado um criminoso de alta periculosidade. Ele foi condenado à pena de 16 anos e 11 meses de prisão por ser um dos líderes de “quadrilha” que praticou furtos qualificados contra bancos.

Entretanto, o delegado afirmou que ele estava em regime semiaberto.

“Atualmente, ele é funcionário contratado da Secretária Municipal de Saúde e figura como suspeito de praticar delitos de roubo majorado, extorsão, ameaça, calúnia, difamação e injúria. É temerário que um indivíduo de tal periculosidade e que ainda cumpre pena no regime semiaberto seja integrante da possível associação criminosa investigada”, disse o delegado.

De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, William tinha um contrato temporário com o município, mas foi exonerado do cargo no mês de novembro deste ano.

COMPRA DE VEÍCULOS

De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha que William era ‘vice-comandante’ investia o dinheiro na compra de veículos e imóveis. À época da ‘Operação Furacão’, deflagrada em 2012, o grupo criminoso realizava todo um planejamento para executar os crimes.

O líder Ronny Rocha e William eram responsáveis pelo planejamento e suporte logístico para a prática do crime. Em alguns arrombamentos, William também entrava no local.

Ao entrar na agência, o bando destruía o sistema de monitoramento interno e utilizava maçarico para praticar o arrombamento ao caixa. Todo o processo finalizava em no máximo 15 minutos.