Em sua segunda final de Libertadores em pouco mais de um ano no Palmeiras, Abel Ferreira se diz grato e com “borboletas no estômago” de ansiedade. Prestes a enfrentar o Flamengo neste sábado, às 17h (de Brasília), em Montevidéu, no Uruguaio, o treinador falou sobre a gratidão por estar em mais uma decisão, a sexta desde que chegou ao clube em que pode conquistar a terceira taça.

– A experiência diz o quanto é difícil estar de forma consistente a ganhar. Ano passado os jogadores me contagiaram, cheguei por eles na final. E agora foi a vez de o treinador contagiar os jogadores para estarmos presentes na final. Falamos em montanha, escalamos a montanha e temos um propósito claro desde o primeiro dia: ganhar a final. Foi o que encaramos em cada etapa da montanha. Estamos aqui por mérito, muito esforço, pela ajuda de muita gente e pelo caráter, a competência e o acreditar dos nossos jogadores – disse.

– Eu agora me sinto calmo, tranquilo. Eu e meus jogadores temos a certeza do que fazer e muito gratos, com muito mérito de estarmos aqui. Desfrutar da final com responsabilidade. Quantos não gostariam de estar no meu lugar, no lugar do Felipe Melo. O privilégio de estar neste templo… temos de desfrutar, impor nosso jogo. É difícil para nós e para nossos rivais. É ter calma, tranquilidade, a certeza do que fazer em campo – resumiu.

Além de defender o título da Libertadores, o Palmeiras tem de enfrentar um pequeno tabu, já que não vence o Flamengo desde 2017. São nove encontros, com cinco triunfos rubro-negros e quatro empates. Com Abel no comando foram três derrotas e um empate, este na Supercopa vencida pelo time carioca nos pênaltis.

– Apesar de já não ganhar há mais de quatro anos (do Flamengo) temos uma oportunidade de fazer isto amanhã. Minha história no Palmeiras tem sido fazer história com estes jogadores aqui e agora. A história é rica, faz parte do passado, mas quem vive de história é museu. Quem ganham são os jogadores aqui e agora. Os detalhes do plano não vão dizer, porque são os segredos da profissão. Esta equipe já provou que aqui e agora, com estes jogadores, não com passado, mas no presente pode escrever a história – avisou Abel.

– Quanto mais pensar o que vai acontecer no final, mais se esquece do que fazer no jogo. Os jogadores precisam de calma e tranquilidade, a certeza do que fazer. Isto passo aos meus jogadores, eles estão preparados. A tática é 30% do jogo. Os outros 70% vem da capacidade de lidar com momentos de tensão. E quando penso neles me vem gratidão, de agradecer por estar aqui. Estou grato por estar aqui. O resultado é consequência do que fizermos em campo. Quero que cada jogador seja fiel ao seu jogo e jogue de forma coletiva. Só peço isso. Se isto acontecer, nosso propósito no fim se cumprirá – encerrou. (GE)