O auditor-fiscal da Receita Federal, Rogério Rigotti, afirmou que os R$ 500 milhões sonegados pelo grupo alvo da ‘Operação Francamente’, deflagrada nesta quarta-feira (17), com objetivo de combater fraudes na comercialização de caminhonetes na Zona Franca de Manaus, estavam causando uma sangria nos cofres públicos e o montante poderia estar sendo aplicado em melhorias para a população.

 

“Tivemos a oportunidade de atacar uma fraude que estava fazendo uma sangria aos cofres públicos. Com a colaboração dos órgãos, pudemos iniciar a investigação de uma forma segura e colaborativa. Temos por missão combater as sonegações e fraudes fiscais, de forma que os recursos ingressem de forma correta aos cofres públicos”, explica o auditor.

Rogério ainda lembra que todo este montante poderia estar sendo aplicado em benefícios à população. “Poderíamos construir dez hospitais de R$ 50 milhões cada. A Receita Federal está atenta em trazer mais recursos aos cofres públicos sem onerar o bom pagador, as pessoas de bem e buscando reaver esta tributação evadida”.

O pensamento também é o mesmo do delegado de Receita Federal, Odezio Anhesini, que comenta que, quando estes tributos deixam de entrar nos cofres públicos, diminui-se a capacidade de investimento do estado em políticas públicas. “Principalmente na saúde, que é onde nós estamos sofrendo tanto”.

Operação

No dia 8 de julho do ano passado, durante abordagem a um caminhão “cegonha” no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Cáceres (MT), foi verificado que os três veículos novos que estavam sendo transportados vinham da Zona Franca de Manaus. Os policiais suspeitaram de irregularidades nos Certificados de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV) devido à origem e à característica dos automóveis, sendo duas S10 e uma Hilux, todas zero-quilômetro.