A cada jogo, aumenta a ansiedade do atleticano. O jejum de 50 anos de título do Brasileirão está por um fio. Mas não está garantido. E é assim que Cuca trata a consolidada e soberana liderança do Atlético-MG no campeonato. A vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, foi mais um salto. O que fez o treinador admitir a proximidade da conquista.
– Lógico que está encaminhado. A gente também é realista, está encaminhado, mas ainda não é. Então, como eu falei outro dia, esperou tanto tempo, vamos esperar mais um pouco. A gente grita na hora certa – disse o treinador, que ponderou.
“Não acabou. Pode ter certeza que, o dia que acontecer, eu falo que a gente é campeão. Falta um pouco. Eu não sei quanto se é sete, oito, nove pontos, mas faltam. A gente tem que buscar.” (Cuca)
O Atlético soma 68 pontos. Os matemáticos calculam 76 como uma pontuação de segurança para o título. As contas podem ser revisadas, dependendo do rendimento de Palmeiras e Flamengo, principais concorrentes do Galo.
Os rivais atleticanos farão, no dia 27 de novembro, a final da Copa Libertadores, que logicamente será priorizada por eles com a aproximação da data.
– É uma final de Libertadores, quem me dera estar lá também. Eu ia arrumar meu time, como eu imagino que eles estão fazendo. (…) Eu sei que hoje, na cabeça do Abel, na cabeça do Renato, eles estão pensando nisso, o Brasileiro é importante, lógico, mas dia 27 é o mais importante de tudo.
Torcida do Atlético-MG no Mineirão — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
Cuca evita cravar a conquista do Brasileiro. E vê a torcida seguir o mesmo caminho. A euforia pela campanha é explícita. Mas o grito de campeão tem sido segurado pelo torcedor. O canto é de incentivo (“E vamos, Galo, ganhar o Brasileiro”) e também de reconhecimento. Cuca deixou o gramado do Mineirão ovacionado pelos mas de 58 mil atleticanos presentes.
“Ouvir assim a torcida cantar o nome da gente no final é indescritível. É tão gostoso porque eu sou eles ali na beira do campo. Eu também queria gritar o nome deles um por um, mas não consigo. Então tento fazer o time jogar e dar a resposta. Estou tão feliz igual eles.” (Globo Esporte)