Bailarino de Nova Mutum (240 km de Cuiabá), Gabriel Tavares, ganhou o primeiro lugar do Prêmio Onça Pintada na modalidade danças árabes, durante a 7° Mostra Internacional de Dança em Campo Grande (MS). O evento teve início no sábado (30), no Teatro Glauce Rocha e encerra nesta segunda-feira (1), com entrega da premiação aos vencedores.
A Mostra Internacional de Dança e a disputa pelo Prêmio Onça Pintada são alguns dos mais importantes eventos da categoria do Brasil e reúnem artistas de vários países, promovendo o intercâmbio cultural, desenvolvimento técnico e a interpretação artística de grupos e bailarinos. Além disso, o Prêmio Onça Pintada destaca as potencialidades e força dos artistas da dança, mexendo com seus brios e desafiando-os a atingir o melhor de suas potencialidades artísticas e criativas.
Bailarino há 11 anos, Gabriel, de apenas 25 anos, é paraense radicado em Mato Grosso e representou o Estado, sendo destaque na modalidade Solo Masculino Sênior de Danças Árabes.
“É para mim é um privilégio muito grande, não é só se inscrever, tem que ser selecionado para poder participar. E, graças a Deus, fomos comtemplados através da nossa arte e ganhamos prêmio, que é um dos mais importantes do país. Eu sou um dos poucos bailarinos homens que praticam danças árabes em Mato Grosso e fui o único do Estado a dançar essa modalidade na disputa”, conta Gabriel.
Para ele, o prêmio mostra que a arte e a dança para homens não têm barreiras, visto que a dança do ventre ainda é considerada uma dança feminina para a sociedade. Gabriel foi destaque entre cerca de 1.500 bailarinos e artistas da dança, diretores, professores, coreógrafos e criadores que se apresentaram nas mais diferentes modalidades de dança, como ballet clássico de repertório, ballet clássico livre, dança contemporânea, jazz, danças urbanas, sapateado, danças populares, danças árabes, estilo livre e vídeo dança.
“Estou muito feliz, é um marco para história da dança árabe em Mato Grosso, um rapaz ganhar um prêmio de tanta importância nessa modalidade, que é dita feminina. A relevância dessa prêmio representa todos os outros que não puderam estar, representa todos aqueles artistas e bailarinos que morreram na pandemia. Então, não é do um prêmio, é uma fé, porque não desistimos. Um ano e meio sem pisar nos palcos, parecia 100 anos, agora poder retornar nesse primeiro evento internacional de dança e estar em cima do palco é estar em casa. Poder sentir o calor da plateia mesmo em quantidade resumida é incrível. Então, pra mim esse prêmio demostra fé, fui premiado pela fé, por não me deixar me abater”, exclama o bailarino.