O Poder Judiciário de Mato Grosso condenou Willian Gonçalves da Silva, vulgo Railan, a 18 anos e três meses de reclusão, no município de Alta Floresta, a 809 quilômetros ao N0rte de Cuiabá. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelo feminicídio praticado contra Celina Deusa do Nascimento.
O réu terá ainda que pagar uma indenização no valor de R$ 55 mil aos familiares da vítima. O crime aconteceu em 12 de março de 2020. Por volta da 20 horas, em via pública no bairro Bom Jesus, em Alta Floresta.
O promotor de Justiça, Paulo José do Amaral Jarosiski, que atuou no tribunal de júri do caso, diz que todas as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público de Mato Grosso, em plenário, foram acolhidas pelos jurados. Segundo ele, o tribunal do júri entendeu que o homicídio foi cometido por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino (feminicídio).
A vítima foi atingida por oito golpes de faca. O réu foi preso em flagrante e não poderá recorrer da sentença em liberdade.
Uma testemunha contou à polícia que o suspeito mora no Pará e veio a Mato Grosso para visitar o filho que tem com Celina.
O casal foi visto caminhando pela rua e logo, em seguida, Celina foi atacada com golpes de faca.
Ela foi encontrada ferida pedindo socorro. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou a vítima para Pronto Socorro Municipal, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu por volta de 22 horas.
A arma utilizada no crime, uma faca do tipo peixeira, foi encontrada na rua. Os policiais fizeram buscas, mas o ex-companheiro dela não foi localizado.
Testemunhas disseram que o suspeito havia chegado na cidade três dias antes do assassinato e estava hospedado em um hotel. A polícia foi até esse hotel, mas ele não foi encontrado. Willian Gonçalves “Railan” foi preso na madrugada do dia seguinte.