José Roberto Stopa (PV), prefeito interino de Cuiabá, garantiu que irá tomar providências com relação às irregularidades detectadas na Secretaria de Saúde do município. Segundo ele, a Procuradoria da Capital já foi orientada a estudar o processo que culminou no afastamento do prefeito titular, Emanuel Pinheiro (MDB). Stopa ainda pontuou que acredita na inocência de Pinheiro e não espera permanecer muito tempo à frente do Alencastro.

“O prefeito foi eleito, eleito pelo voto popular. O prefeito está sendo afastado por contratação de servidores e não por desvio de dinheiro público e isso, pelo que pudemos apurar, aconteceu e acontece em vários municípios brasileiros. Por isso que digo que acredito na Justiça e acredito que o prefeito em breve retomará o seu posto”, declarou à imprensa nesta quarta-feira (20).

Com relação às irregularidades na Saúde, Stopa afirmou que já solicitou à Procuradoria Municipal a análise do processo oriundo da Operação Capistrum. Segundo o prefeito interino, serão tomadas atitudes conforme houver necessidade.

“Já pedi à PGM que estude o processo que foi objeto do afastamento do prefeito para que, a partir daí, a gente possa fazer uma análise e, obviamente, se for identificada a necessidade de tomada de providências, tomaremos”, explicou.

Operação Capistrum

O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo a mando do Tribunal de Justiça, durante a Operação Capistrum, deflagrada pelo Ministério Público e o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) da Procuradoria-Geral de Justiça. Além do afastamento dele, seu chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, teve mandado de prisão temporária cumprido.

De acordo com a decisão, assinada pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, atendendo pedido do Ministéio Publico Estadual, através do Naco, há  indícios de alto número de contratações de servidores temporários na Secretaria de Saúde “para atender interesses políticos do Prefeito Emanuel Pinheiro”.