Em todos os cursos que ministro, seja qual for a disciplina, apresento aos alunos três citações sobre professores.

A primeira, logo no início do curso, é de Rubem Alves sobre a missão do professor.

 

“A missão do professor não é dar respostas prontas.  As respostas estão nos livros, na internet.  A missão dos professores é provocar a inteligência, provocar o espanto, a curiosidade.”

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De fato, desde Sócrates, frequentemente há mais sabedoria na formulação de questões do que na automação de respostas.  Saber questionar – e ter coragem para fazê-lo – pode ser mais importante e transformador do que responder aquilo que se espera. A curiosidade para ir além dos territórios já mapeados é propulsora das grandes descobertas científicas.

A inquietude é característica de uma inteligência ativa, ao passo que o conformismo e a acomodação assinalam quem desistiu de evoluir.

 

Sou grato a muitos professores que, da escola primária ao doutorado, e além, me inspiraram a curiosidade e a vontade de aprender. Alguns já na vida espiritual, outros distantes geograficamente, todos permanecem presentes cada vez que coloco em prática os seus ensinamentos.

 

A segunda citação é da querida e genial Cora Coralina.

 

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

 

Sob esse enfoque, tenho sido muito feliz. Não só pela alegria de ser reconhecido pelos meus alunos, mas também pela oportunidade de com eles aprender e crescer como profissional e ser humano. Conheci e conheço professores felizes por amarem o seu ofício e que vencem obstáculos de toda sorte para conseguir cumprir a sua missão de educadores. A cada um deles, a minha homenagem.

 

A terceira mensagem, sempre na conclusão da última aula, é de Paulo Freire.

 

“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre.”

 

Aprendemos sempre na vida, todos os dias, uns com os outros, desde que estejamos dispostos a ouvir, escutar, dialogar, compreender, estudar.

 

Na semana em que se deveriam celebrar os professores e diante da violência econômica e política que a maioria deles sofre em nosso país, é preciso bradar por respeito e amor. Respeito aos professores, respeito às escolas, respeito às crianças e aos estudantes de todas as idades. Amor pela cultura, pela ciência, pela humanidade. Respeito e amor. Viva a educação!

 

Luiz Henrique Lima é professor e auditor substituto de conselheiro do TCE-MT.