De volta ao São Paulo, Rogério Ceni explicou a frase dita no Flamengo, em novembro de 2020, e que causou descontentamento em parte da torcida do Tricolor. A sua reestreia pelo clube que o projetou, nesta quinta-feira, diante do Ceará, foi com pouca euforia e com uma torcida dividida, entre aplausos e vaias ao ídolo no empate por 1 a 1 pela 26ª rodada do Brasileirão.
Naquela ocasião, Ceni afirmou que mesmo trabalhando por tantos anos no São Paulo, um “clube de massa”, a atmosfera do Flamengo era diferente. A declaração não pegou bem com os são-paulinos, que em determinado momento não queriam o retorno de Ceni.
– Eu acho que a minha relação com o São Paulo é eterna. Se durante 25 anos deixei minha vida aqui dentro, e tem pessoas descontentes, eu lamento. Eu, se o torcedor gritar ou não (meu nome), vou estar sempre próximo e respeitando. Foi o torcedor que me sustentou e me colocou aqui durante esse tempo todo. Para mim é um prazer estar no clube que é praticamente minha casa. Com o passar do tempo, com os resultados… – afirmou o treinador.
– O São Paulo é minha casa. A torcida, seja Independente, Dragões, tenho o maior carinho e respeito por todos. A declaração que eu dei no Flamengo, que é uma grande instituição, um ótimo lugar para trabalhar e me possibilitou ser campeão, é que em São Paulo a torcida é dividida entre os três grandes. No Rio de Janeiro existem mais de 700 favelas. É praticamente uma inserção social vestir a camisa do Flamengo, você faz parte da comunidade, do grupo. Essa é a grande diferença. Eu tenho respeito por todos os times, e isso não diminui o quanto eu gosto e me identifico com o São Paulo – acrescentou. (Globo Esporte)