Abel Ferreira admitiu que o Palmeiras ficou devendo na derrota para o América-MG por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Estádio Independência, mas ficou na bronca com a equipe de arbitragem do confronto.

Além de dizer que não deseja mais ter Leandro Vuaden apitando jogos do Verdão, o técnico ironizou o fato de o VAR não recomendar a expulsão do defensor Eduardo Bauermann, do América-MG, após cometer falta em Rony no início do segundo tempo. A Central do Apito também entende que o lance era para vermelho.

– O VAR chamou o senhor árbitro para os dois pênaltis (ao América-MG), devia chamar para a falta no Rony, que estava isolado, cara a cara com o goleiro. Eu não sou árbitro, uma pena que o VAR estava ocupado comendo pipoca e não viu o que todos viram. Teve interferência direta – reclamou.

– O VAR conseguiu ver os pênaltis com esse árbitro, que já é a terceira vez que apita jogo nosso. Nada contra ele, mas desejo que não apite mais nossos jogos. Contra o São Paulo ele não viu um pênalti contra o Luiz Adriano, nem o VAR, e hoje o vermelho que ele não deu em cima do jogador que fez a falta em Rony. Isso condiciona o resultado. Temos que melhorar, sim, mas há fatores que influenciam o resultado final. Há prestígio em jogo, dinheiro em jogo, muita coisa em jogo, então temos que ter uma arbitragem profissional, não amadora. Não faz sentido, neste nível, termos árbitros amadores.

Quanto ao desempenho do Verdão, que não vence há três rodadas no Brasileiro, Abel afirma que é preciso melhorar. O time perdeu mais uma oportunidade de encurtar a distância para o líder Atlético-MG, que empatou com a lanterna Chapecoense e está a 11 pontos de distância.

– Temos muito espaço para treinar e melhorar, todos nós. E devemos fazer. Jogamos contra uma boa equipe, uma que vem de uma fase boa de resultados, que gosta de ter a bola. O América fez o que nós devíamos fazer com bola, fazer o que o Ademir fez, levar para o um contra um, assumir. Mas não tivemos capacidade de impor nosso jogo com bola, e temos qualidade para isso – completou.

– Fizemos o mais difícil que era sair na frente. Tivemos três situações para matar o jogo, não conseguimos definir. Depois de sofrer o gol tivemos que fazer as alterações, arriscamos colocando mais jogadores na frente. Tivemos nos pés do Veron e do Wesley oportunidades para fazer. E não vamos tirar o mérito do nosso adversário, trabalhou para fazer o resultado – concluiu. (Globo Esporte)