O técnico Sylvinho comemorou não só a vitória do Corinthians, mas também o retorno da torcida nos 3 a 1 contra o Bahia, nesta terça-feira, na Neo Química Arena. Para ele, a presença de público será fator fundamental para a arrancada da equipe no Campeonato Brasileiro. e se isolou na artilharia da Neo Química Arena. Em entrevista coletiva após a partida, Sylvinho admitiu que o jogo desta terça trazia um componente emocional muito forte.

– Eu, primeiro, precisei me controlar. Voltar para a casa e ver o estádio sem o torcedor, o ambiente é difícil. Mas somos profissionais. Então precisei me preparar. Tivemos uma preparação curta do jogo do Bragantino para o de hoje, que acabamos tendo uma grande vitória.

– Entendíamos que o Bahia era um time que vinha diminuir as distâncias, marca forte, jogar por uma bola, e nós trabalhamos pouco a pouco. Tinha um fator emocional muito forte. Nosso torcedor é muito presente, se notou no campo. Conseguimos ter um equilíbrio necessário para sair com a vitória, com a ajuda do torcedor – comemorou o técnico.

– O time está jogando bem, está em um momento bom. É um momento de construção, de todos nós. Temos três pilares aqui, atletas que já ganharam tudo. Temos jovens, maturando. E atletas que chegaram de cenários diferentes, que chegaram para qualificar muito o grupo. Todos são importantes, e eles têm mostrado a força do grupo. Temos bastante coisas para fazer. O feedback dos atletas é ótimo, o ambiente de trabalho é muito bom. Feliz por esse momento que estamos vivendo.

Sylvinho respondeu ainda sobre uma possível briga pelo título brasileiro. Com a vitória desta terça, o Corinthians entrou no G-4 do Brasileirão e tem 37 pontos. O líder Atlético-MG está com 49.

– Eu continuo com o mesmo discurso, nós vamos jogo a jogo. O tempo passa rápido no futebol. O clube é enorme, mas estamos em um tempo de reconstrução. Está sendo muito bem-feito. Volto a falar dos três pilares, o feedback é muito bom, mas vamos na nossa construção. Adaptação desses atletas que chegaram, utilização dos atletas que já ganharam tudo aqui, e os jovens que me fascinam. Agora, isso é um trabalho de semana, diário, árduo. O momento é bom? Sim. Mas os demais times que temos visto já construíram e estão usufruindo do seu momento. Nosso momento é de construção, bom, mas tem que ser respeitado. Vamos jogo a jogo.

O Corinthians volta a campo no próximo sábado, pela 25ª rodada do Brasileirão. O time visita o Sport na Arena Pernambuco, às 16h30 (de Brasília).

Veja mais tópicos da entrevista de Sylvinho:

Atuação de Lucas Piton:

– A atuação nossa, de forma geral, foi muito boa. Os primeiro vinte minutos exercendo uma pressão no campo adversário. Tivemos possibilidades de abrir o placar, mas não fizemos, os jogos são complicados. O Piton fez um bom jogo, junto com todos os nossos defensores. É um atleta jovem e com margem de crescimento.

Atuação do zagueiro João Victor:

– O João é um grande atleta, jovem, com margem de crescimento muito grande. É um atleta rápido. Junto com o sistema, conceitos e ideias que todos temos, ele se encaixou muito bem e potencializou. Além de tudo isso, o Gil traz muita tranquilidade para o setor, potencializando também o João Victor. Eles têm feito uma dupla muito boa, têm se ajudado e sincronizado movimentos.

Saída de Willian:

– Em relação ao Willian, ele vem tendo um tipo de desconforto. Já na volta do jogo com o Red Bull isso se notou, uma pequena queixa. Não é nada grave, nada sério, mas parte do nosso trabalho também. Temos estado próximos dos nossos atletas. Os que chegaram há pouco tempo vêm de cenários diferentes, muda muita coisa, então temos que estar atentos aos atletas para que não tenhamos lesões ou problemas. No primeiro tempo, na jogada do pênalti, ele sentiu um desconforto. No intervalo tive que tomar essa decisão, o melhor seria preservá-lo e continuar fazendo a construção do Willian.

Teme perder jogadores por lesão?

– Não. A preocupação nossa é o gerenciamento do grupo, a força é do elenco. A partir de amanhã pensamos no próximo jogo. O ciclo agora não são de três dias, agora é de quatro dias, te dá um conforto maior. Vamos ver como os atletas vão chegar. Vamos trabalhando pouco a pouco, com todos os cuidados necessários, utilizando a estrutura do clube, para gerenciarmos bem o grupo e colocar as ideias para o jogo com o Sport.

Como define seu time?

– Eu vou pegar uma carona na pergunta. O time não é meu, o time é do Corinthians. É um time que se superou no jogo com o Bragantino, consegui um empate difícil, hoje começou atrás e teve paciência para empatar e virar. Isso é Corinthians, tem qualidade, organização, fico feliz por isso e vejo ela, mas não pode faltar nunca essa garra e determinação. Vontade de fazer algo mais, que é a nossa cara. Estamos aqui organizando e fazendo com que o grupo seja potencializado cada vez mais. É um processo jogo a jogo que estamos fazendo e, até o momento, bastante contentes.

Espaço para Gustavo Mantuan, atacante da base:

– Em relação ao Mantuan, é um atleta jovem com muita qualidade. Tem as características de centroavante, mas pode jogar pelos lados. Tínhamos uma preocupação em dar uma carga de treinamento e tranquilidade, já que ele vinha de uma lesão importante. Pouco a pouco tem ganhado suas oportunidades. E quem projeta, volto a dizer, são os atletas. As respostas vêm deles. Aqueles que vão respondendo vão tendo suas oportunidades. (Globo Esporte)