Executada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (5), a “Operação Balada” – deflagrada pela Polícia Federal – já prendeu até o momento seis pessoas em Cuiabá suspeitas de terem envolvimento em uma quadrilha especializada em tráfico de drogas, armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro. Dessas, cinco já foram identificadas: Adeilton do Amaral Tavares, Grazielle Cássia de Andrade, Joilson Paulo dos Anjos Martins, Rodrigo Martins Tortorelli e Stefani Nascimento de Ávila.

O nome do sexto suspeito ainda não foi informado.

Ainda conforme divulgação oficial, os criminosos já movimentaram mais de R$ 2 milhões, fruto das atividades ilegais exercidas por eles.

Desde o início do dia, policiais realizam o cumprimento desses mandados de prisão e também de busca e apreensão em endereços da capital. A Polícia Federal já divulgou diversas imagens de produtos que também foram pegos com essas pessoas, há entre esses uma caminhonete Toyota Hilux, diversos aparelhos e eletrônicos. Além de uma quantia de droga ainda não foi informada.

Trabalho nacional

Cerca de 850 policiais federais cumprem 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes, expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.

A organização operava um estruturado esquema de tráfico de drogas e preparava entorpecentes para comercialização, mediante emprego de insumos químicos adquiridos através de empresas regularmente cadastradas. No período de sete meses, foram comprados, no mercado regular, insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.

A droga era remetida dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, armazenada no Triângulo Mineiro e, posteriormente, distribuída a várias regiões do País, em especial os estados de Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
As investigações revelaram, também, que o grupo atuava no tráfico ilegal de armas de fogo de grosso calibre. No curso dos trabalhos, foi apreendido um carregamento de 8 fuzis e 14 pistolas, em março de 2020, na cidade de Uberlândia.

Estima-se que mais de R$ 2 bilhões foram movimentados pelos investigados nos últimos dois anos. As contas bancárias e bens identificados foram bloqueados por determinação judicial, assim como aproximadamente uma centena de imóveis.

A operação foi deflagrada com apoio da Polícia Penal da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, que colaborou com um efetivo de 35 policiais penais, para custódia e transporte dos presos.