Assim que o árbitro Wilmar Roldan encerrou o empate por 1 a 1 com o Atlético-MG no Mineirão e o Palmeiras garantiu a classificação para outra final de Libertadores (o Verdão aguarda o vencedor de Barcelona-EQU x Flamengo, nesta quarta-feira), Abel Ferreira e os jogadores do Verdão desabafaram.

A começar pelo técnico, que antes da partida demonstrou incômodo ao ser questionado pela forma defensiva como o Palmeiras jogou na ida, o empate sem gols no Allianz Parque.

Após a classificação, o português gritou muito em direção a uma das câmeras de transmissão e precisou até ser contido pelo auxiliar Vitor Castanheira e o gerente de futebol Cícero Souza. Em sua entrevista coletiva, o português diz que o recado foi a um “vizinho chato”.

– Não foi para nenhum jogador do Atlético-MG ou seu treinador. Tenho um vizinho que mora no meu prédio que é um chato. Foi diretamente ao meu vizinho, porque quem manda na minha casa sou eu. Está calado! Quem trabalha dentro do CT sou eu e meus jogadores. Defendo meus jogadores porque são meus nas vitórias e derrotas. Ao meu vizinho, “shiu”! – respondeu, fazendo sinal com a mão como se fechasse a boca.

Depois do jogo, o técnico também postou mensagem enigmática em sua conta no Instagram, com um texto e a frase: “A minha maior inspiração és tu”.

Entre os jogadores, o recado ainda no gramado era de que muitos acreditavam que o Galo iria avançar no confronto. Atual campeão, o Palmeiras foi à final graças ao gol qualificado como visitante, marcado por Dudu em Belo Horizonte.

– Tem que respeitar a história! – disse Deyverson.

– Muitos não acreditavam na gente, mas estamos na final. Vamos, Palmeiras! – acrescentou Rony.

Rony e Luiz Adriano se abraçam depois da classificação do Palmeiras à final da Libertadores — Foto: Staff Images/Conmebol

Rony e Luiz Adriano se abraçam depois da classificação do Palmeiras à final da Libertadores — Foto: Staff Images/Conmebol

O capitão Felipe Melo teve uma reação mais bem humorada e que tornou-se uma marca dele em outros momentos de sucesso do Verdão:

– Deus é bom e o diabo não presta – celebrou o camisa 30.

O Palmeiras ampliou para 15 partidas sua sequência de invencibilidade como visitante na Libertadores (dez vitórias e cinco empates), recorde na história da competição.

Em busca do tricampeonato, o clube vai disputar a sexta final no torneio. As outras foram em 1961, 1968, 1999, 2000 e 2020. Abel, por sua vez, vai atrás de sua segunda taça de Libertadores logo em sua segunda edição disputando a competição. (Globo Esporte)