Com parte dos salários em atraso, os jogadores do Bahia decidiram que não vão concentrar nos jogos realizados em Salvador nem dar entrevistas. A informação foi veiculada inicialmente pelo TNT Sports e confirmada pelo ge.
Em nota, o Bahia confirma que há atraso de um mês de salário e três de imagem para o elenco, “exceção a sete atletas remanescentes do ano passado, que estão com outros quatro meses de imagem em aberto, fruto de acordo de renegociação da pandemia”. O clube não se manifesta no texto sobre a decisão dos atletas de não concentrarem e concederem entrevista.
Os jogadores do Bahia realizaram o último treino antes do jogo contra o Internacional na manhã desta sexta-feira e depois foram liberados. O grupo só se reapresenta no sábado para a viagem para Porto Alegre.
A situação não envolve somente os jogadores. Outros funcionários do clube também têm sofrido com o atraso de salário nos últimos meses. Segundo o Bahia, 384 colaboradores receberam o salário de agosto e que outros 487 funcionários receberam o décimo terceiro de 2020, faltando 63, dentre eles os jogadores.
A reportagem do ge apurou que os atrasos também atingem ao elenco do futebol feminino. O salário, que deveria entrar até o dia 5, tem sido pago somente no final do mês, sendo que o de agosto ainda não caiu na conta das atletas.
Em entrevista concedida há exatamente o mês, na chegada de Diego Dabove, o presidente Guilherme Bellintani já havia confirmado que os vencimentos não estavam em dia. Na ocasião, ele afirmou que o salário pago em carteira estava em situação regular, porém havia um débito referente ao direito imagem do ano passado.
Na nota, o Bahia reafirmou a dificuldade financeira e diz que “quedas bruscas de receita como a do programa de sócios, antes capaz de quitar folhas inteiras de pagamento só com as mensalidades dos torcedores, afetaram o orçamento e o planejamento montados no final de 2019”.
Veja a nota divulgada pelo Bahia:
O Esporte Clube Bahia vem a público responder matéria veiculada pelo site ‘TNT Sports’, na tarde desta sexta-feira (24), que lamentavelmente não cumpriu requisito jornalístico de procurar o posicionamento da instituição.
É verdade que o Bahia vive situação de dificuldade financeira, motivada pelos efeitos da pandemia a partir de março de 2020, que impediram o clube de seguir a rotina de salários em dia desde a temporada de 2015.
Quedas bruscas de receita como a do programa de sócios, antes capaz de quitar folhas inteiras de pagamento só com as mensalidades dos torcedores, afetaram o orçamento e o planejamento montados no final de 2019.
Apesar disso, as informações divulgadas estão equivocadas.
Neste momento, em função dos motivos citados, há atraso de um mês de salário e três de imagem para o elenco, exceção a sete atletas remanescentes do ano passado, que estão com outros quatro meses de imagem em aberto, fruto de acordo de renegociação da pandemia.
Mais: até então 384 colaboradores receberam o salário de agosto, que venceu no 5º dia útil de setembro, sempre iniciando das menores para as maiores remunerações. Além disso, 487 funcionários receberam o décimo terceiro de 2020, faltando 63, dentre eles os jogadores.
Neste um ano e meio de crise mundial, não houve demissões. A prioridade foi manter o emprego das pessoas que fazem o Esquadrão.
Superada a pior fase do problema, o Bahia se encaminha para solucionar as últimas pendências. Já estamos melhor do que estávamos e a união de todos, dentro e fora do clube, se mostrará fundamental. (Globo Esporte)