O ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) tem se movimentado nos bastidores para disputar o cargo de governador em Mato Grosso em 2022 e conseguiu um unir dois rivais políticos em torno de seu nome: o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Este último confirmou que apoiará a candidatura de Leitão nesta terça-feira (21).

Em entrevista à Rádio Capital, Dória relembrou a passagem de Leitão pelo Congresso Nacional, como deputado federal, e o classificou como um ‘líder do agronegócio’. O governador paulista ainda disse que Leitão tem força política e é um dos grandes nomes do partido em Mato Grosso.

“Quero reafirmar meu respeito pelo Nilson Leitão. Foi um grande deputado federal. É um líder do agronegócio, um homem sério e dedicado. Seja qual for a decisão que tiver o Nilson Leitão, terá o meu apoio. Nilson Leitão é Nilson Leitão e Bolsonaro é Bolsonaro”, falou o governador de São Paulo, que visitará Mato Grosso nesta sexta-feira (24) para participar de uma convenção do PSDB.

Dória acrescentou que a vitória eleitoral é determinada pelo povo, mas disse acreditar que a biografia política de Leitão o credencia para conquistar os votos necessários para alcançar o governo.

João Dória terá uma agenda de dois dias na capital mato-grossense. Na sexta, deve se encontrar com o governador Mauro Mendes (DEM). Já no sábado (25), cumprirá uma agenda com filiados do PSDB, na tentativa de se qualificar nas prévias do partido para disputar a presidência da República em 2022.

CONEXÃO PINHEIRO – Além dos dois possíveis candidatos à presidência, o ex-deputado federal se encontrou com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o maior rival político de Mauro Mendes (DEM). Pinheiro e Leitão pensam em montar uma chapa de oposição, com o objetivo de enfrentar o atual governador nas urnas.

Mesmo sem contar com apoio total do MDB, Emanuel declarou diversas vezes que é contra o modelo de gestão de Mauro, assim como Leitão, que acredita que quer colocar o PSDB de volta no comando do Estado. Para validar a chapa, Emanuel estaria trabalhando a indicação de sua esposa, Márcia Pinheiro, como vice do tucano.