O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jaques Wagner (PT-BA), anunciou que será instalada nesta quarta-feira, 22, a Subcomissão Permanente do Pantanal. A iniciativa atende ao pedido do senador Wellington Fagundes (PL-MT), autor da proposta, aprovada no dia 11 de agosto. O colegiado será composto de quatro titulares e quatro suplentes.
A Subcomissão se propõe a estudar formas de proteção ao bioma Pantanal e propor a criação de políticas públicas e o aprimoramento da legislação. “Ainda distantes das chuvas mais substanciais, caminhamos rapidamente para um cenário muito parecido com o que vivemos no ano passado” – alertou Fagundes.
Ao pedir a instalação da Subcomissão, Fagundes destacou que em 2020, o Pantanal foi consumido pela maior tragédia de sua história, com a destruição de cerca de quatro milhões de hectares, ou seja, 26% da área de todo o bioma.
Estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, de universidades e de organizações não-governamentais. Eles estimam em torno de 17 milhões de animais vertebrados mortos em consequência direta das queimadas no Pantanal no ano passado. O estudo informa que as vítimas mais recorrentes dos incêndios florestais ocorridos no Pantanal foram as pequenas cobras, principalmente as aquáticas, calculando-se mais de 9 milhões de mortes.
“Caminhamos para um novo marco de tragédia. Segundo alguns levantamentos, a situação se agravou e, até agora, mais de 7.600 hectares já foram destruídos pelo fogo – observou o parlamentar, que, no ano passado, presidiu a Comissão Temporária da Covid-19. Cenas tristes e dolorosas voltam a ser expostas no que deveria ser o centro da vida”
Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente, a situação se mostra “altamente preocupante imaginar que vamos vivenciar de novo as cenas que vimos no ano passado, depois do anúncio de milhões de animais perdidos nessas condições”.
Wellington Fagundes ressaltou que a Subcomissão do Pantanal, atuará como “catalisador das ações de promoção do meio ambiente ecologicamente equilibrado no bioma Pantanal”. Em funcionamento pleno, segundo ele, permitirá que sejam concentrados esforços na avaliação da legislação e das políticas públicas, mediante realização de audiências das quais poderão participar especialistas e representantes do governo e da sociedade.
Com isso – ele finalizou – “poderemos cumprir com a missão de oferecer respostas qualificadas para o grande desafio que é a construção de condições mais favoráveis para a adoção de medidas preventivas e reparatórias ao bioma, à sua população e ao desenvolvimento, em prol de toda a sociedade e das gerações presentes e futuras”.