O Inter superou o Sport por 1 a 0 na Ilha do Retirou na noite de segunda-feira, pela 20ª rodada do Brasileirão, e alcançou a maior invencibilidade da temporada, há seis jogos sem perder. O resultado confirmou o time na luta por uma vaga à próxima edição da Libertadores e mais longe da zona de rebaixamento. Porém, faltou efetividade no ataque e escapou do castigo graças a Daniel e à trave.
O rendimento aquém do esperado divide espaço com os números, que animam. O Inter chegou ao sexto jogo sem derrota, com três vitórias e três empates no período. O último revés ocorreu há mais de um mês, no dia 25 de julho, quando levou 2 a 1 do Athletico-PR na Arena da Baixada.
Sequência invicta
- Inter 0 x 0 Cuiabá
- Flamengo 0 x 4 Inter
- Inter 4 x 2 Fluminense
- Santos 2 x 2 Inter
- Atlético-GO 0 x 0 Inter
- Sport 0 x 1 Inter
Patrick fez o único gol do jogo aos três minutos — Foto: Ricardo Duarte / Internacional
Gol cedo dá alento
O período de 15 dias entre o empate em 0 a 0 com o Atlético-GO até o duelo com o Leão deu mais lastro ao treinador avaliar o grupo, traçar estratégias e encontrar uma formação.
O uruguaio promoveu quatro mudanças em relação ao embate com o Dragão. Heitor, Rodrigo Dourado, Johnny e Taison deram lugar a Renzo Saravia, Rodrigo Lindoso, Caio Vidal e Mauricio. Apenas a troca de Johnny por Mauricio foi tática, diga-se.
A ideia era ter um time mais móvel e superar a marcação do Sport, segunda melhor defesa do Brasileirão, com apenas 15 gols sofridos. O Inter pareceu entender o recado. Logo aos três minutos, Rodrigo Lindoso roubou a bola no campo ofensivo, e ela só parou na rede após desvio de Patrick.
O gol cedo deu tranquilidade aos visitantes. O Colorado trocava passes e buscava encontrar espaço. Aniversariante da noite (completou 56 anos), Aguirre parecia que teria um presente com uma atuação sólida.
Atrás no placar, o Sport tentava o empate, mas pouco incomodava Daniel. A chance mesmo saiu já no fim do primeiro tempo, aos 41, quando André acertou o travessão em um cruzamento fechado.
Pouca inspiração ofensiva
Após o intervalo, Aguirre promoveu uma alteração. Caio deu lugar a Paolo Guerrero. Porém, o Inter, que já pouco produzia, ofereceu ainda menos perigo. Mauricio, incumbido de cumprir as funções de Taison, não conseguiu organizar o time. Acabou sacado para a entrada de Johnny, aos 17.
O Colorado teve chances de ampliar com Guerrero. O camisa 9 recebeu de Yuri Alberto dentro da área, mas mandou nas mãos de Mailson, aos 28. Já nos acréscimos, aos 49, furou em bola.
A pouca inspiração gaúcha permitiu que o Sport avançasse e incomodasse Daniel. Aos 28, Sander cruzou para Mikael, que saltou entre Bruno Méndez e Víctor Cuesta e cabeceou para baixo. O goleiro colorado fez grande defesa e evitou o empate.
Cinco minutos depois, o ex-centroavante colorado Tréllez entrou no lugar do volante José Wellison. O Sport se atirou de vez. O colombiano carimbou a trave uma vez e, já nos acréscimos, teve nova chance, mas parou em Daniel.
Ainda assim, o charrua enalteceu virtudes do Inter. Aguirre optou em avaliar que a equipe passou mais um jogo sem ser vazado, o quarto das últimas seis partidas.
– Lembro que tinham críticas à parte defensiva. Eu prefiro ver as coisas boas. Mas não fujo da crítica. Entendo. Não tivemos um jogo fluido. Precisamos estar felizes pelo objetivo dos três pontos – discursou.
A vitória veio, e o presente foi recebido. Mas Aguirre sabe que, para colocar o Inter na Libertadores, precisará de maior regularidade no que diz respeito a desempenho.
A delegação deixa a capital pernambucana na tarde desta terça, com chegada a Porto Alegre no início da noite. A reapresentação ocorre na tarde de quarta. No domingo, o Inter enfrenta o Fortaleza às 11h, no Beira-Rio. Com a necessidade de nova vitória e uma atuação mais sólida. (Globo Esporte)