Pedra no sapato de Sylvinho na temporada, o Atlético-GO receberá o Corinthians pela 20ª rodada do Brasileirão em situação muito similar na tabela. Oitavo colocado com três pontos e um jogo disputado a menos, tem a missão de vencer para encostar no Alvinegro, que é sexto – ainda podendo ultrapassá-lo em caso de uma surpreendente vitória por três gols de diferença.

Surpreendente porque estarão em campo dois ataques pouco inspirados, dois dos três ataques que menos finalizam no agregado dos mandos. E estarão enfrentando duas defesas que vêm mostrando qualidade.

O Atlético-GO é o time que menos finaliza, com média de 9,0 conclusões por partida. O Corinthians é o terceiro que menos conclui, com média 9,6. Entre eles, apenas o Fluminense, com 9,4.

Pouco ofensivos e pouco efetivos

Quando mandante, o Atlético-GO é o time que menos finaliza, com média de 10,0 conclusões por jogo, e precisa em média de 15,0 tentativas para conseguir um gol, quinta pior eficiência.

O Corinthians é o visitante que menos finaliza, com média 8,0, e precisa em média de 10,0 conclusões para marcar.

Eduardo Barroca já era o comandantes do Atlético-GO quando venceu no Brasileirão e eliminou na Copa do Brasil o Corinthians — Foto: Bruno Corsino / ACG

Eduardo Barroca já era o comandante do Atlético-GO quando venceu no Brasileirão e eliminou na Copa do Brasil o Corinthians — Foto: Bruno Corsino / ACG

Jogo de poucos gols

O Atlético-GO está com o 13º desempenho mandante no Brasileirão (2 V, 5 E, 2 D, 41%) com o terceiro pior ataque mandante (seis gols marcados, média 0,67), mas com a quinta melhor defesa (sete gols sofridos, 0,78).

O Corinthians é o terceiro melhor visitante da competição (5 V, 4 E, 1 D, 63%) com o quinto pior ataque visitante (oito gols, média 0,80), mas com a melhor defesa visitante (quatro gols sofridos, 0,40).

Em casa, o Atlético-GO é o quinto mandante que menos sofre finalizações (9,6) e tem a sétima maior resistência, com um gol sofrido a cada 12,3 conclusões contrárias.

Fora de casa, o Corinthians é o oitavo visitante que menos sofre finalizações (12,3) e tem a defesa visitante mais resistente a finalizações, com um gol sofrido a cada 30,8 finalizações adversárias.

Construção de jogadas

Os números indicam que o Atlético-GO deve buscar o ataque a partir de bolas aéreas. Sem contar pênaltis e faltas diretas, a equipe goiana fez com bolas altas sete dos últimos dez gols (e seis dos últimos oito). Um dos motivos de o Atlético-GO ser considerado favorito nesta partida é o fato de o Corinthians estar sofrendo muitos gols pelo alto nas últimas rodadas: foram seis dos últimos dez e quatro dos últimos seis. Esse é um ponto forte da equipe goiana.

O Corinthians fez com bolas altas quatro dos últimos dez gols, mas vem em um crescente, com os quatro saindo pelo alto entre os últimos seis gols. O Atlético-GO só sofreu dois dos últimos dez gols dessa forma, o que lhe dá mais uma teórica vantagem competitiva.

Sylvinho vem de empate dolorido contra o Juventude, na Arena Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

Sylvinho vem de empate dolorido contra o Juventude, na Arena Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

Retrospecto recente

O Atlético-GO vem de seis jogos consecutivos sem derrota (1 V, 5 E, 44%).

Nos últimos seis jogos, o Corinthians perdeu um, mas conseguiu três vitórias e dois empates (61%). Fora de casa, o Corinthians perdeu apenas um dos últimos 11 jogos (5 V, 5 E, 1 D, 61%).

Nos últimos 11 jogos em casa, o Atlético-GO tem 3 V, 3 E, 5 D, 36%.

No primeiro turno, o Atlético-GO derrotou o Corinthians por 1 a 0, em São Paulo.

Probabilidade de cada resultado

  • Atlético-GO – 35,5%
  • Empate – 32,8%
  • Corinthians – 31,7%

Metodologia

Para o cálculo das probabilidades de cada resultado, o economista Bruno Imaizumi emprega um modelo estatístico que utiliza uma distribuição de Poisson bivariada combinada com o método de simulação de Monte Carlo. A partir de parâmetros estabelecidos pela análise de mais de 78 mil finalizações em Brasileirões coletadas pelo Espião Estatístico desde 2013, avalia os desempenhos recentes dos times na temporada, utilizando sobretudo os indicadores de Expectativa de Gol (xG).