Familiares, amigos e colegas de trabalho do servidor da Prefeitura de Cuiabá Rodolfo Silva da Costa, de 29 anos, fizeram uma manifestação na noite desta quinta-feira (9) pedindo justiça pela morte do assistente social da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ele morreu na última sexta-feira (9) no Hospital Municipal de Cuiabá, após ter sido encontrado desacordado e com sinais de espancamento na avenida Beira Rio, em Cuiabá. A família suspeita que o crime tenha sido motivado por homofobia.
Estamos aqui reunidos hoje, por um mundo sem julgamentos, sem preconceito, sem egoísmo, sem violência. Por um mundo com mais humanidade, mais empatia, mais respeito, com mais afeto, mais perdão, mais diversidade, na valorização da vida. Enfim, estamos aqui por um mundo com mais amor. Justiça por Rodolfo”, disse em vídeo um dos manifestantes presente no ato, que ocorreu durante a missa de sétimo dia do rapaz na Catedral de Cuiabá, próximo a prefeitura.

A violência que tirou a vida do jovem assistente social soma-se a tantos outros crimes onde a motivação é o ódio.

Na última sexta-feira, o Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual de Cuiabá (CMADS) denunciou o crime praticado contra Rodolfo e exigiu, em nota, que as autoridades apurem a violência sofrida pelo jovem, que também era representante da SMS no CMADS. Valdomiro Arruda, presidente do CMADS, enfatizou que Cuiabá continua sendo a quinta capital que mais pratica violência contra pessoas LGBTQIA +, e que a marca decorre da impunidade.

“A violência que tirou a vida do jovem assistente social, cheio de projetos profissionais, afetivos, familiares, soma-se a tantos outros crimes, onde a motivação é o ódio contra a existência de pessoas que ousam viver suas corporeidade e não aceitam a invisibilidade (…) A sociedade civil organizada não admite que violencias continuem sendo praticadas [e] estará acompanhando de forma atenta (…) a elucidação do assassinato do jovem Rodolfo”, declarou Arruda