A CBF e 19 clubes que disputam o Campeonato Brasileiro – todos menos o Flamengo – decidiram nesta quarta-feira que os jogos da Série A vão continuar sem a presença de público. Os 19 clubes também decidiram entrar em conjunto com uma ação no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para tentar derrubar a liminar concedida ao Flamengo que permite presença de público nos jogos da equipe. Além disso, ficou decidido que, se algum clube usar liminar para ter torcedores na arquibancada, a rodada inteira do Brasileiro será suspensa.
Uma nova reunião para discutir o tema foi marcada para o dia 28 de setembro.
Horas antes da reunião, o Flamengo publicou nota oficial afirmando que “não cabe aos clubes ou à CBF” deliberar sobre a presença de público nos estádios. Por isso, o clube não participou da reunião. Nesta semana, a Prefeitura do Rio de Janeiro permitiu o que chamou de “evento-teste” com público em três jogos do time rubro-negro no Maracanã, um deles pelo Brasileirão, contra o Grêmio.
Durante a reunião, o Atlético-MG lembrou que também tem uma liminar que lhe permite mandar jogos com presença de público, mas deixou claro que não vai usá-la porque prefere o entendimento coletivo.
Os jogos do Brasileirão ainda não tiveram público em 2021, apesar da liberação das autoridades em algumas cidades. Os clubes, com exceção do Flamengo, acreditam que a volta deve ser ao mesmo tempo para todos. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria afirmou que só haverá liberação de público nos estádios a partir de 1º de novembro.
Horas antes da reunião, houve constrangimento no grupo de WhatsApp dos presidentes dos clubes da Série A. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, compartilhou a nota oficial em que explicava os motivos pelos quais não participaria da reunião e foi cobrado por alguns pares.
Rodolfo Landim foi alvo de críticas de presidentes de outros clubes — Foto: Alexandre Lago
“É assim que se quer falar em Liga?”, “É com essa postura que se prega união dos clubes?” foram alguns dos comentários de outros presidentes.
Durante a reunião, o Flamengo foi alvo de mais críticas no mesmo sentido, de que a postura de “jogar sozinho” vai contra qualquer tentativa de criação de uma liga. (Globo Esporte)