Depois de comprar 60% dos direitos econômicos de Danilo no ano passado, o Palmeiras adquiriu mais 20% em 2021 e agora detém 80% do camisa 28.

O meio-campista, que subiu ao profissional há um ano, é um dos jogadores mais valorizados no atual elenco alviverde. Inicialmente emprestado pelo Cajazeiras, da Bahia, ele assinou até 2025 e tem multa rescisória de 100 milhões de euros (R$ 612 milhões) para clubes do exterior.

Bem avaliado pela comissão técnica de Tite na seleção brasileira, o garoto de 20 anos foi bastante sondado na última janela de transferências da Europa. O Watford, da Inglaterra, buscou informações, mas o Palmeiras não chegou a receber uma proposta oficial.

O clube deixou claro ao mercado que não tinha interesse em ofertas que começassem abaixo dos 15 milhões de euros (R$ 92,5 milhões na cotação atual).

Ao adquirir mais 20% dos direitos de Danilo, o Palmeiras já garante uma fatia maior do negócio sem precisar negociar a divisão com terceiros.

Além disso, tem sido uma prática do Verdão ter a maior parte dos direitos econômicos dos garotos que revela. No ano passado, a diretoria também aumentou o percentual que detém de Gabriel Menino: passou de 70% para 80% ao renovar seu contrato.

Renan, Veron, Danilo, Wesley, Patrick e Gabriel Menino durante visita à sala de troféus do Palmeiras — Foto: Cesar Greco

Renan, Veron, Danilo, Wesley, Patrick e Gabriel Menino durante visita à sala de troféus do Palmeiras — Foto: Cesar Greco

Nos casos de Patrick de Paula e Renan, o Palmeiras tem 100% dos direitos econômicos; de Wesley, 70%, enquanto Gabriel Veron tem 60% de seus direitos econômicos vinculados ao Verdão.

Ainda que todos estes garotos estejam bem valorizados, a postura do clube de avisar a possíveis interessados que deseja valores altos para vender acabou fazendo com que muitas das sondagens por eles não se tornassem propostas.

Gabriel Menino e Patrick de Paula são exemplos disso. Intermediários de times europeus fizeram contato com seus empresários neste meio de ano, mas pararam nisso.

Wesley foi aquele que recebeu ofertas de fato: primeiro do Seattle Sounders, dos Estados Unidos, e depois do Grupo City. Nenhuma delas chegou ao que o Palmeiras pedia, em torno de US$ 10 milhões (R$ 51,7 milhões) por sua fatia.

Por isso, ambas acabaram recusadas, mesmo que a diretoria precise fazer mais vendas por conta do impacto financeiro da pandemia. Internamente, considera-se pouco provável que algum dos garotos deixe o clube antes do fim desta temporada. (Globo Esporte)