A Associação dos Produtores de Soja no Brasil (Aprosoja) está sendo alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos no início da tarde desta segunda-feira (6) pela Polícia Federal. Ainda não há informações sobre por qual motivo os policiais estão no prédio da instituição, localizada no Centro Administrativo e Político de Cuiabá. No entanto, a suspeita é de esteja relacionado às investigações que apuram atos cometidos contra a democracia.

Conforme as informações preliminares, os mandados estão sendo cumpridos por ordem ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque há a suspeita de que a entidade tenha utilizado recursos públicos para financiar as manifestações que devem ocorrer neste 7 de setembro, em todo o país. Os recursos seriam oriundos do Fundo Estadual de Transporte (Fethab) e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

Documentos estão sendo levados por agentes que, em duas viaturas diferentes, se dirigiram à instituição.

A Aprosoja se manifestou por meio de nota

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação à medida judicial cumprida nesta segunda-feira (06.09.2021), na sede da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a entidade esclarece que se trata de decisão nos autos do Inquérito 4879/DF que apura a convocação da população, por meio das redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos de protesto, às vésperas do feriado de 07.09.2021, durante uma suposta manifestação e greve de “caminhoneiros”.

A decisão determinou: 1) o bloqueio de saques das contas bancárias da Aprosoja-MT, até o dia 8.9.2021, quarta-feira; 2) sejam identificados e informados os valores transferidos a partir das contas bancárias dessa entidade para outras entidades ou terceiros, desde o dia 10.8.2021, a partir do patamar mínimo de R$ 10.000,00.

Aprosoja-MT e seus dirigentes esclarecem que jamais financiaram, apoiaram, ou convocaram a população para atos criminosos e violentos de protesto, às vésperas do feriado de 07.09.2021, durante uma suposta manifestação e greve de “caminhoneiros”.

A entidade preza pelos preceitos legais e constitucionais, e já está disponibilizando toda documentação solicitada, pois é a principal interessada no esclarecimento dos fatos, já que nada tem a esconder da sociedade e principalmente dos seus associados.