A área queimada acumulada no Pantanal em 2021 ultrapassou os valores médios históricos registrados nesse período pelo sistema ‘Alarmes’, do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA). Embora os valores ainda sejam inferiores ao ano anterior, a instituição disse que isso causa preocupação devido ao aumento observado nos últimos dias.
Na semana passada, a LASA informou que a área queimada no Pantanal neste ano se aproximava da marca registrada em 2020. No entanto, a instituição esclareceu, nesta sexta-feira (3), que a informação inicial foi divulgada em decorrência de falhas ocorridas no sistema.
“Tais falhas interferiram na transmissão fidedigna e em tempo real dos dados do Alarmes, levando o nosso sistema a ficar fora do ar momentaneamente e causando a leitura não atualizada dos dados”, explica, em nota.
A instituição informou ainda que os dados do sistema continuam em atualização.
De acordo com o levantamento feito pelo ICV nesta semana, do total da área queimada até 31 de agosto no bioma, 458,5 mil hectares (84%) das áreas incidem em Mato Grosso do Sul e 88,7 mil (16%) em Mato Grosso.
No ano passado, o período de janeiro a agosto somou 940 mil hectares queimados no Pantanal de Mato Grosso, enquanto 2021 contabiliza 88 mil. Em todo o bioma localizado no território brasileiro, 2020 registrou o impacto em 3,9 milhões de hectares, o correspondente a 27% de sua área total.
Combate aos incêndios no Pantanal
O Corpo de Bombeiros recebeu mais um reforço na terça-feira (31) para combater os incêndios no Pantanal mato-grossense e agora conta com o apoio de quatro aviões.
Além da Transpantaneira, o fogo também já destruiu mais de 40 mil hectares de vegetação em Cáceres (MT), na fronteira entre Brasil e Bolívia.
Além dos aviões que estão lançando água sobre locais com maior incidência de fogo, 68 bombeiros militares e civis e 19 brigadistas estão trabalhando na operação de combate.
A Secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema-MT), ICMBio, brigadistas do SOS Pantanal e caminhão-pipa enviados pela empresa Águas Cuiabá, além dos pantaneiros, também trabalham para apagar o fogo.