O vereador Doutor Luiz Fernando (Republicanos), usou o Plenário da Câmara Municipal de Cuiabá na sessão desta quinta-feira (2), para demonstrar sua indignação com o descaso que o governo do Estado trata a Saúde pública da Capital.
De acordo com o parlamentar, desde que foi inaugurado no dia 18 de novembro de 2019, o Hospital Municipal de Cuiabá – HMC Dr. Leony Palma de Carvalho, nunca recebeu “um centavo” de verba do governo Mauro Mendes (DEM), para manter a estrutura que foi montada na Capital.
“Estou indignado com o governo do estado. Nós temos vários parlamentares aqui que adoram criticar a Saúde Municipal e levando bandeira de um governador que dá gargalhada da nossa cara e fala que está sobrando dinheiro nos cofres públicos e pensa em qual obra vai lançar. E, é triste ver para nós cuiabanos o empenho do prefeito Emanuel Pinheiro que desde 2019 inaugurou um hospital magnífico, porém 55% da população que recebe atendimento é do Estado e não é nem da Capital”, disse o vereador.
O custo mensal do HMC atualmente varia entre R$ 12 milhões a R$ 14 milhões, sendo que R$ 4 milhões vem de forma mensal do Governo Federal e outros R$ 10 milhões para manter a unidade é retirada da Fonte 100 do município para ajudar no custo da unidade médica.
“Já tive oportunidade de trabalhar em seis municípios da Baixada Cuiabana e a grande maioria deles é um pouco do reflexo de que a Saúde pública desses municípios não funcionam, pois encaminham tudo para Cuiabá e não é diferente muitas das vezes em Sorriso e Sinop, Alta Floresta, que são municípios que recebem mensalmente dinheiro do Governo do Estado e mandam pacientes para Cuiabá da mesma forma”, lembrou.
O HMC possuiu a estrutura de 315 leitos, sendo 178 de adultos, 20 leitos no Centro de Tratamento de Queimados, 60 de UTI, 38 de Emergência, seis salas de cirurgia e 13 leitos RPA (recuperação pós-anestesia), além do ambulatório com mais de 13 das especialidades médicas mais procuradas pela Central de Regulação, exames como ultrassonografia, endoscopia, colonoscopia e radiografia e parque tecnológicos com equipamentos de última geração. Além disso, o HMC também conta com urgência e emergência onde funciona o novo Pronto Socorro, onde dispõe de um heliponto para transferência de pacientes em estado grave e o transporte de órgãos com mais rapidez e segurança. Sem contar que se tornou referência nacional e internacional por meio do programa SOS AVC.
“O valor da diária que o Governo do Estado deveria pagar para manter esses leitos seria de R$ 1.530 e desde 2019 não foi repassado nada. Fora todos os procedimentos cirúrgicos que são realizados todos os dias e salvam vidas o estado continua devendo e agora somam-se mais de R$ 80 milhões. Então é muito fácil vangloriar que está sobrando dinheiro no caixa e pensando no que fazer e deixar a população mato-grossense e cuiabana morrer as mínguas. Fico indignado e quero dizer que não existe contrapartida do secretário estadual de Saúde que já se dá como deputado eleito para o próximo ano e deixar a população padecendo como a própria mídia já divulgou que o Hospital Estadual Santa Casa fechou 20 leitos porque estão 90 dias sem receber salário. É um absurdo”, finalizou.